Num dia em que as pessoas dedicam quase que exclusivamente para a família, a direcção do banco sol trouxe à luz do dia a apresentação do plano que submeteu ao banco Nacional para a reestruturação da própria instituição que, nos últimos tempos, vai sendo vítima de inúmeras informações.
Algumas apócrifas e outras nem tanto, o certo é que o referido banco privado poderá, nos próximos tempos, desfazer-se de cerca de 30 por cento dos seus funcionários. Acredita-se, talvez, que também se possa vir a encerrar balcões, porque não se espera por uma grande melhoria perdendo a referida percentagem de técnicos.
Para muitos que funcionam neste banco, a tarde de domingo e a manhã de segunda-feira devem ter tido um sabor agridoce. Vendo-se alguns deles numa situação desesperadora porque poderão, num dia destes, não tão distante, acordar afastados dos quadros da instituição que servem há alguns anos, embora venham a receber uma compensação para o efeito.
E numa fase em que Angola enfrenta um dos piores índices de desemprego da sua história, não há como as sirenes não ecoarem mais alto.
A esta hora, alguns já se vão questionando que passos poderão dar a nível interno, não havendo quem também descure a opção por outros mercados em África ou até mesmo na europa, exercendo uma outra actividade. O que se passa ou se vai passar no banco sol não é nada novo na economia angolana. Já observamos noutros momentos, e exemplos vários existem pelo mundo.
Quando as grandes empresas enfrentam crises acentuadas, envolvendo lucros, uma das primeiras medidas tem sido o corte de pessoal até um deter- minado momento em que ocorre a recuperação e, com isso, se puder, um dia voltar a fazer um upgrade, introduzindo novos elementos.
É por isso que o papel de cada funcionário, onde quer que esteja, é crucial para que as empresas, em qualquer sector, apresentem lucros fabulosos. Para tal, basta que desde os seguranças aos gerentes de balcões, porteiros, balconistas, motoristas e outros exerçam as suas actividades com zelo e profissionalismo e, com isso, inverter as crises que se observam em determinados momentos.
Sem desprimor a muitos funcionários que são autênticos exemplos em muitas instituições, públicas e privadas, existe também um outro grupo – que parece ser a maioria – que não parece ter a mínima noção de que os rendimentos que lhes chegam aos bolsos depois é fruto desta mesma entrega e comprometimento.
A forma como se trata os utentes, clientes, os serviços prestados e não só conta muito. e não uma providência divina ou do patrão, porque muitos julgam que as receitas saem sempre de um saco azul e infinito.