É provável que existam ainda alguns cépticos em relação ao Programa Integrado de Intervenção nos Municípios devido ao alcance que se pretende atingir.
Por exemplo, se, por um lado, é visível o esforço que se faz em termos de construção de grandes unidades hospitalares a nível do poder central, por outro lado, é expectável igualmente que se consiga a nível mais básico e intermédio fazer chegar aos populares os referidos serviços.
Quem circula pelo país, hoje, consegue divisar muitas destas infra-estruturas, tidas por muitos como de pequena dimensão, mas que acabarão por influenciar positivamente em termos de saúde e educação.
Há poucos meses, ouviu-se que, entre centros de saúde e postos médicos, assim como alguns hospitais municipais, se conseguiu estender para mais de dois mil leitos. Uma cifra assinalável e que poderá crescer mais caso estejam concluídas outras infra-estruturas ainda em curso, algumas das quais com um baixo nível de execução, também muito por conta dos empreiteiros.
Alguns falam em derrapagens financeiras, obrigando que lhes seja dado mais dinheiro, uma hipótese também já contrariada em determinados círculos.
O certo é que, infelizmente, à semelhança de situações que se ouviam outrora, parece que alguns construtores podem estar-se a furtar a terminar determinadas obras. Quem ouviu, recentemente, um governador provincial prometendo responsabilizar criminalmente certos empreiteiros se terá recordado do período em que ameaçar levar a tribunal era uma canção que se assistia com regularidade por parte dos nossos responsáveis.
Hoje, os tempos são outros. E não se pode permitir os mesmos joguetes que se viam em muitas infra- estruturas, algumas das quais acabaram completamente sobrefacturadas e com orçamentos tidos como duvidosos, por exemplo.
Tendo em conta a sua nobre missão, é dever dos governantes — e sobretudo daqueles que lideram o processo — de agirem com celeridade contra muitos daqueles empreiteiros astutos que querem com- prometer o Programa Integrado de Intervenção nos Municípios. Porque é provável que alguns deles não se tenham sequer apercebido que se vive uma fase diferente que não se compadece com os casos quase insólitos que se viam no sector das obras públicas.