É usual observarmos regularmente nas redes sociais e nos principais órgãos de comunicação social casos de pessoas acometidas por diversas enfermidades. Algumas em situação de desespero e outras quase até cadavéricas, fazendo com que nos indignemos.
À primeira vista, sobretudo para quem tem acesso às imagens que circulam destes doentes, apetece insurgir-se contra as autoridades, porque dá a vaga impressão que só assim estão por inércia das próprias instituições sanitárias. recentemente, foi o caso de uma menina, completamente magra, padecendo de uma patologia que se diz rara.
Acabou sendo acudida por um jovem músico da nossa praça, que se prontificou até em ajudar a reparar a habitação em que ela e a família residem na periferia de Luanda.
Como esta que narramos, há outras. basta ver alguns programas da TV Zimbo e da TPA para se ter a impressão – ou até indignação – quando surgem estes casos que deveriam ser, imediatamente, atendidos nos principais hospitais de Luanda e noutros pontos do país.
E sempre que surgem, há uma pergunta que não se cala: não estarão as autoridades ligadas ao sector da Saúde observando esta proliferação de casos que nos podem envergonhar a todos? Afinal, alguém do outro lado se mantinha atenta, esperando somente pelo momento ideal para intervir.
Há dias, quando nos apercebemos da abertura de uma campanha a partir do Hospital Josina Machel, para cirurgias várias, sobretudo a maxilo-facial, não se tinha o verdadeiro alcance do que esta unidade sanitária pretendia.
Depois de escutar o seu director, Carlos Zeca, ficou-se, então, a saber que essa mega campanha visa sobretudo ajudar essas famílias desprovidas de meios, muitas das quais usam as redes sociais e órgãos de comunicação social para puderem fazer passar os seus desesperos e desejos na busca de soluções para a saúde dos seus familiares.
Além de Luanda, a campanha, denominada ‘Facilita a minha vida’, que contou com a presença e a bênção da ministra da Saúde, Sílvia Lutukuta, abrangerá municípios das províncias do Cunene, Moxico, Huambo, Huíla, Benguela e Uíge.
Mesmo não sendo extensiva a todo o país, ainda assim, fará renascer muitas esperanças. Sobretudo daqueles angolanos que há muito auspiciavam por uma oportunidade destas, mas não tinham como. E fizeram das redes sociais e dos órgãos de comunicação social os seus porta-vozes para terem uma saúde melhor.