Dizem os entendidos em alimentação que a ingestão de cogumelos também traz inúmeros benefícios à saúde. Por isso, é comum vê-los inseridos em muitos pratos, desde os mais tradicionais aos modernos.
Entretanto, embora abundem e cresçam de forma inesperada em muitos locais, a sua escolha exige sempre cuidados. Nem que sejam mínimos, uma vez que existem alguns tipos que são extremamente venenosos, criando problemas sérios à saúde de quem os ingere.
Só por isso, a forma como crescem em abundância não pode ser associada a uma situação de aumento também de qualidade, mas sim de perigos.
Algo semelhante à forma como, durante determinados períodos, em que apesar da existência de empresas de construção com créditos firmados no mercado, assistimos ao surgimento, como cogumelos, de novas firmas, muitas das quais os nomes são capazes de cair no anedotário popular.
Tal como cogumelos, é comum observar-se, sempre que a nomeação de novos governantes, seja a nível local como até central, o aparecimento de novas empresas no mercado. Há até casos, em determinadas ocasiões, de algumas que parecem seguir determinados nomes e rostos onde quer que estejam.
Nos últimos anos, sobretudo com a implementação do Programa Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM), uma iniciativa presidencial que visa proporcionar o surgimento de infra-estruturas básicas nas bases, assistiu-se igualmente ao nascimento ou suposta afirmação de empresas em municípios e comunas de que nunca se havia sequer falado.
É evidente que muitas delas já existissem anteriormente, actuando em sectores diversos. Porém, acabaram por entrar para o sector da construção devido ao filão que se criou, menos- prezando-se a expertise que é necessária para o apetecível e lucrativo ramo da construção civil.
Quando se faz o balanço do PIIM, por exemplo, apesar dos números alcançados, chama a atenção o facto de existirem muitas empresas incumpridoras. Muitas delas criadas, de certeza, de forma ‘ad hoc’ para aproveitar a oportunidade, descurando-se a experiência que se exigisse.
É comum ouvir-se falar em incumprimento por parte do Estado no pagamento de algumas empreitadas como razão para a não conclusão de certos projectos.
Mas, ainda assim, também se nota de forma clara que abundam, como cogumelos selvagens, muitas empresas que terão entrado na corrida de certas empreitadas mesmo não estando preparadas para o efeito.
Só por isso se percebe que muitas delas, mesmo recebendo do Estado os respectivos pagamentos, andam, como se soe dizer, a ‘xixilar’ para honrar os compromissos assumidos.