Estará marcado para os angolanos o dia 10 de Novembro de 2023 como sendo aquele em que o país viu inaugurar o seu novo Aeroporto Internacional Dr. António Agostinho Neto.
A data certamente não foi escolhida em vão. Visou, igualmente, celebrar o 48 aniversário da independência nacional, um marco indiscutível na vida dos angolanos que viveram durante cerca de cinco séculos sob pesadelo do jugo colonial.
Aliás, foi do colono que se herdou o Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, também em Luanda, hoje já distante das exigências e do tráfego que existe. Por isso, desde sempre se defendeu que se deveria construir um novo aeroporto, já que o estudo das infra-estruturas abertas na passada sexta-feira remonta a 2004, por intermédio de uma empresa norte-americana.
Envolto no apelidado secretismo de muitos, a construção do Aeroporto Internacional Dr. António Agostinho Neto, figura incontornável da vida angolana, gerou várias especulações. Desde a escolha do espaço, dúvidas sobre os valores envolvidos, assim como a sua posição de operacionalização.
Para muitos, urgia que se aplicasse os valores da empreitada noutras obras sociais. Outros não têm dúvidas de que era mais do que esperado que o país gozasse de uma infra-estrutura digna do título aeroporto internacional, uma denominação que o nosso velho e ainda funcional 4 de Fevereiro possui.
E quem esteve na inauguração ou já conseguiu visitar a estrutura que compõe o Aeroporto Dr. António Agostinho Neto não tem dúvida da sua imponência e, sobretudo, do papel que poderá desempenhar para o país, enquanto porta de entrada de cidadãos nacionais e estrangeiros que nos visitam ou trabalham em Angola. Para os próximos tempos aguarda-se que se avance rapidamente para a entrada em cena da empresa que deverá gerir o empreendimento, dando ao espaço o mérito que se esperava, podendo criar a cada passageiro ou cidadão que aí se deslocar uma imagem distante daquelas que observamos noutros espaços.
Que se dê espaço de exploração aos verdadeiros gestores aeroportuários e a técnicos credenciados, de empresas estrangeiras, porque a verdade é que não temos ainda intramuros indivíduos que nos possam gerir com o brio que se espera. Claro está que nos próximos tempos o debate em torno do aeroporto irá continuar. Só não nos esqueçamos que ele está aí e precisa da mão daqueles que lá labutarem para atingir os níveis de excelência.