Não há dúvidas de que o desenvolvimento do país passará, necessariamente, pelas estradas, principalmente aquelas principais vias que ligam Angola de Norte a Sul do Este ao Oeste.
Quer se queira quer não, as estradas nacionais 230 e a 210 são as mais importantes, sendo que hoje quase nada se faz sem que estes dois eixos sejam tidos em conta. Nos últimos tempos, a reconstrução destes troços tem sido tema de debates por causa da importância que representam, sabendo-se que não existem outras alternativas para o que se vive hoje. Uma promessa pública feita no calor das eleições indicavam que, por exemplo, parte da estrada nacional 230, sobretudo aquela próxima as Lundas Norte, Sul e o Moxico, estaria reabilitada até Agosto do corrente ano.
À medida que o tempo se aproxima, também surgiam inquietações quanto ao que o futuro nos reserva, muito por conta da importância que o próprio traçado representa, tendo em conta que tão logo seja reaberta os frutos serão imensuráveis, goste-se ou não.
Há dias, curiosamente, através da Televisão Pública de Angola, apercebi-me de que, afinal, as obras caminham muito bem, o que pressupõe que no timing avançado, isto é, Agosto, se consiga, no mínimo, ter uma parte significativa daquela parte das lundas interligada com asfalto.
Quem assistiu ou ouviu os depoimentos dos motoristas e outros usuários da referida via deve ter ficado surpreendido com as possíveis alterações que a sua abertura irá proporcionar. Nunca pen- sei, por exemplo, como avançou um automobilista, que num ápice se tenha reduzido para duas ou três horas aquilo que representava para muitos um tormento de cerca de 24 horas.
A reconstrução da estrada nacional 230, em quase toda a sua extensão, a acontecer, será um grande trunfo para o Executivo do Presidente João Lourenço. Há muito que se sabe que o desenvolvimento do Leste ou Nordeste do país está dependente da normalização da circulação na referida via, o que poderá alterar grandemente os preços e melhorar, por outro lado, a vida daqueles que escolheram aquela parte do país para fazerem as suas vidas.
Quem circula por aquelas zonas tem noção da discrepância que existe. Não é fácil por mais esforço que as pessoas pensam sobreviver com os preços proibitivos que são aplicados nas Lundas e noutros pontos do país, tudo porque os empresários usam como escape disso os problemas de transportação. Esperamos que em Agosto, aqui próximo, sirva de motivo de alento para que se abra e se apresente aos angolanos uma nova realidade a nível da circulação. A abertura total ou parcial da estrada 230 vai servir para que esse desiderato se concretize.