Todo e qualquer estudante universitário anseia terminar com êxito a sua formação e, concomitantemente, receber um diploma que atesta a sua formação. Depois da graduação, sendo o primeiro estágio do subsistema do Ensino Superior, espera-se que o formado possa contribuir com múltiplos saberes, isto é, garantido que a ciência esteja ao serviço da comunidade.
O processo formativo, muitas vezes, tem sido penoso para alguns por conta do grau de dificuldade por que passam. Assim sendo, quando se conclui a graduação, para muitos, é o livramento de todas cadeiras e dos professores tidos como carrascos. Diante disso, questionamos: por que razão há muitos afluírem instituições do Ensino Superior para fazerem a graduação? Embora seja sabido, de antemão, os objectivos de cada curso, ainda há graduados com alguma dificuldade de operacionalizar os objectivos da sua formação.
Entretanto, por via do que se tem constatado nas redes so- ciais quando alguém defende ou recebe o diploma, levanta-se as seguintes hipóteses: (i) cursar a graduação para sair da pobreza, (ii) a garantia de emprego ou oferta de emprego com maior estímulo remuneratório, (iii) promoção no serviço, (iv) contribuir com estudos científicos para o bem da comunidade. Como se pode ver, as três primeiras hipóteses têm sido as mais notórias, o que não evita a expressão, aquando da defesa, “livrei-me”.
Ou seja, com a conclusão da primeira etapa, o indivíduo sente-se realizado e, portanto, cómodo com o grau académico obtido. Contudo, entende-se que, para muitos, o diploma universitário é visto como viés do descanso académico. Tudo está resolvido, sem se preocupar com a necessidade de continuar a pesquisar e propor medidas para dirimir, sobretudo, o paludismo social e não só, que se vive ou situações vindouras.
Se entendermos que a criança para ir à escola os pais devem acompanhá-la e, às vezes, dar uns chicotes para ir à escola e/ ou fazer as tarefas, então, quando se termina a graduação, o formado deve sentir-se obrigado a propor soluções com base à sua área de formação. Logo, o término da graduação não deveria ser visto como um livramento, mas um estímulo para aprimorar os conhecimentos e usá-los para o bem da comunidade.