A prior, sentimo-nos no dever discursivo de descortinar os sintagmas que fazem a razão da nossa abordagem, “dialogar e construir ”, que subjazem à margem de seus sentidos etimológicos na presente esteira comunicativa.
Portanto, os mesmos implicam substancialmente vectores funcionais como indicadores de desenvolvimento.
Pois que, é fundamental que cada um de nós aprenda a dialogar, fora dos parâmetros da retórica de enxofre, para que não nos olhemos significativamente com desconfiança.
Daí que, em nosso entender, dialogar é respeitar sem ironia.
E sobretudo a capacidade de lidarmos com as contrariedades discursivas sem que nos rotulemos por pensarmos diferente.
Tendo em conta, a nossa esteira sociocultural e o tecido extensivo, quer político ou não, dos variados segmentos trouxemos, propositadamente, a presente abordagem, na perspectiva cultural de se dialogar na unidade e na diversidade, para que os nossos valores culturais, a moral da nossa oratura e o humanismo transcendental das nossas culturas sirvam nos de modelos num diálogo permanente, em que o denominador comum seja a causa uníssona “o bem-estar de todos”.
Pois que, dialogar subentende também a comunicação desalmada das variantes históricas, das cores partidárias, ideológicas e crenças que nos separam cada vez mais como agentes sociais.
Assim sendo, dialogar na unidade e diversidade constituem as espinhas dorsais para que juntos à base da aceitação da singularidade, sem aproveitamentos, construamos uma Angola pluralista.
A perspectiva cultural surge por entendermos que a cultura é o vector dinamizador na agregação do humanismo como canal de transposição do sujeito.
É necessário que entendamos que as consequências do não diálogo serão devastadoras por enfrentarmos os mesmos problemas, por exemplo, o sistema de ensino , ausência da consciência colectiva.
A falta de diálogo como meio de construção pode levar uma sociedade a falência e condiciona o desenvolvimento e aceitação do outro no pensar diferente e, sobretudo, anula as valências contributivas.
Hoje, ainda debatemos com os problemas de saúde pública, por exemplo, por falta de diálogo que dê primazia ao fazer em prol de todos. Daí que, é mais um momento que a história da humanidade proporciona-nos para que sentemos como irmãos, para que falemos como irmãos, para que encontremos soluções como irmãos, sobretudo para que façamos uma autocrítica generalizada sobre a nossa postura enquanto angola.
Por: HAMILTON ARTES