Vem aí a DIPANDA, como se chama em cada ano, as vozes se avizinham como o levantar do braço de Neto no largo da independência entre a força de todos que assumiram o risco às 00h00 datada a 11 de Novembro de 1975.
O tempo passa, as memórias ficam. Fica também o povo que contou com a comida prato desde a independência. Hoje já não se fala em pão, feijão, banana, maçaroca, batata numa escala abundante como se via no antigamente.
Triste pensar que tudo acabou, mas não, era viva daqui, viva dali, Nação daqui, Nação dali, e um sorriso nos lábios entrelaçado ao ver o próprio fim. Só a via estava aberta, o coração liberto, o caminho de onde vieram trouxeram consigo uma perda irreparável!… Na verdade, quando percebemos que o feito é uma distracção, pensamos logo na nossa história.
É um facto, claro, disso não se dúvida, aliás, duvidar de tudo remete-nos à cegueira, e não vermos com os nossos olhos a visão que Neto mostrou aquando da proclamação da independência << UM SÓ POVO, UMA SÓ NAÇÃO.>> Tudo foi dito, o necessário esquecido na medida que os tempos foram passando, tão bem que a grandeza do povo ficou entre si, perdido num lugar incerto, na certeza que viveu o risco mais evidente de toda história.
Ainda há tempo, como nos velhos tempos, mas cada um deve, primeiramente, sobreviver dentro de si para encontrar onde se perdeu no dia que levantou as mãos e, por conquista alheia, ficara no alheio e a forma hoje diz muito como pensamos, vivemos e lidamos com toda situação de fazer parte do discurso << SOBREVIVENTE.>> Parece que ainda vive em nós por nos fazer sentir a esperança viva, o viva alegre mente que nos faz partir entre o partido do p’ovo custoulhe a vida. Imagino a pátria no seu verdadeiro delírio quando chegou a hora.
Um mistério?_ Não, não… Uma das mensagens que faz entender as coisas é da provocação dos instintos, eles foram crianças, em não souberem onde, por que, como e quando deviam manter-se em pé entre o largo posicionamento de quem os conduzia!… Conduziram a multidão na presença de almas despedidas, e que hoje, sobrevivem sobre apagões que lhes eterniza a vida! Quem numa foz entre as água no pós-independência trazida aos dias de hoje feito pedra no prato morre pensando que nada é mente em ficar parado! Fico aqui, paranóico ao ver o apêndice há quase 5 décadas na esfera que não faz circular o belo discurso que Neto usou.
Por pouco, partiu, deixara um legado, e um trunfo nos lábios de quem tem entre os braços levantados as catanas na memória dos grandes combates. Bons tempos, que o vagueio encontrado no rosto da JUVENTUDE sobrevive entre o dis curso de Agostinho Neto, e quem não nada perde o bom ensejo, perde a esperança, perde a vinda da DIPANDA que sempre nos chama << ESTOU AQUI, JAMAIS VOS ABANDONAREI >> com o processo moroso dessa gente em não perceber o quão significa a data 11 de NOVEMBRO de 1975, se esqueceram, perco a memória desde o início e faço-vos lembrar; INDEPENDÊNCIA JÁ!…
Por: N’DOM CALUMBOMBO