No imaginário popular, as igrejas cristãs sabem que têm uma missão difícil, que, como Cristo, estão sujeitas a perseguições e incompreensões, talvez por isso elas não recorram aos tribunais quando atacadas, quando injuriadas, ou quando, até involuntariamente, alguém as cita de forma que ponha em causa a sua imagem. Veja-se como se comporta a Igreja Católica, por exemplo, ante as verdades e as inverdades que se dizem em torno dos escândalos de pedofilia.
POR: José Kaliengue
Mas isso é para as igrejas mesmo, que têm uma missão, não para as empresas. Por outro lado, algumas coisas que fazem por parecer igrejas apostam tudo no marketing e na imagem, há que proteger o negocio.
Não é por acaso que em Angola, Brasil, Portugal e África do Sul, por exemplo, estas seitas fazem dos tribunais um dos seus instrumentos de afirmação e de tentativas de silenciar críticos e a imprensa. Em Angola temos exemplos destes, há um organização religiosa tão cuidadosa com a sua imagem que faz recurso aos tribunais por qualquer notícia ou comentário que não lhe caia bem.
Digamos que se trata de uma espécie de perseguição religiosa aos jornalistas, à liberdade de imprensa. Devem ter accionado mais processos em defesa da imagem que os partidos políticos, por exemplo. Não lhes basta o direito de resposta ou o contraditório, tomara, querem condenações e dinheiro, há que alimentar o negócio. E ai de quem fale sobre o assunto.