Uma das tendências da comunicação nos últimos tempos recolhe-se no leito da abordagem humanizada. Esta foi, igualmente, uma das conclusões da Marketiza que trouxe à mesa as Tendências do Marketing para 2024, em Fevereiro deste ano.
Cresce, assustadoramente, a tomada de consciência de que afinal, as pessoas são o fulcro de todo proceder humano, de que tudo é feito pelas pessoas, com as pessoas e para as pessoas.
No entanto, se as organizações almejam direccionar as atenções às pessoas devem antes olhar para os seus, isto é, para o público interno.
Pelo que, no quadro da comunicação interna, o estabelecimento de conexão, empatia, solidariedade e da unidade entres os colaboradores sustentadas pelos traços culturais da organização que concorrem para a consolidação da identidade são o elixir que pulveriza o clima institucional da organização, criando o ambiente propício para o encaixe das engrenagens da gestão estratégica com o fito de alcançar os respectivos objectivos.
Eventos aparentemente insignificantes como: apaga velas, amigo oculto, o feliz aniversário, a meritocracia, o almoço de final de ano e demais actividades internas que perseguem a promoção de um bom ambiente interno servem de factos para a promoção de publicações internas que visam tornar a empresa num só corpo.
A newsletter, o boletim, a revista interna, o cartaz, a intranet, o mural, os grupos no whatsApp, entre outros, são veículos que podem transformar-se em sentinelas para tornar as pessoas nos seres mais importantes do mundo para a organização, num contexto em que a estratégia de comunicação e produção de conteúdos esteja embasada na missão, visão e valores da organização.
Espera-se que os líderes ou chefes sejam os agentes da mudança! Por isso, eles devem engajar-se para que a comunicação interna seja valorizada no seio das respectivas instituições, pois, de outra sorte, nada acontecerá.
A comunicação interna por meio de veículos definidos para promover a cultura da organização, informar, motivar e engajar os colaboradores é o veículo de excelência para aproximar o “board2 da empresa aos trabalhadores, dado que estabelece conexão entre si, manifestando literalmente o modelo de comunicação de proximidade interna numa base horizontal através do jornalismo empresarial no seio da organização.
Era uma vez, Deus libertou o seu povo do cativeiro para uma terra próspera. O modelo de comunicação entre si, era vertical, estava baseado na Lei.
Faça isso, se não! Não faça isso, se não! Olho por olho, dente por dente. Na jornada do Egipto para a terra prometida houve muitos amargos de boca.
Então, Deus decidiu descer da posição divina e fez-se homem e na forma de homem, humilhouse, adoptando uma comunicação de proximidade como estratégia e o impacto deste acto marcou para sempre a história da humanidade.
Figuras como Obama, Papa Francisco, Marcelo Rebelo de Sousa, Elon Musk, Abel Chivukuvuku, só para citar, parece que captaram a visão ao imitar, destacando-se pela comunicação de proximidade, ainda que aplicada para propósitos distintos.
A comunicação interna deve perseguir o objectivo de informar, motivar e engajar os colaboradores.
Tais objectivos são a bússola do responsável pela comunicação apoiado por uma equipa que faça as coisas acontecerem. Uma equipa que faça jornalismo empresarial, em que o propósito seja o alcance e a satisfação do interesse da organização.
Por: Amadeu Cassinda
*Comunicólogo