Na cadeia de valores, a transparência na comunicação em todos os processos pelos quais as instituições se regem para o alcance dos seus objectivos sociais é o antídoto que precisam para gerar confiança no cidadão e resgatar a credibilidade de que carecem. Vivemos nos dias dos direitos do povo, onde o poder é dele.
É uma época em que todos existem, por isso, querem respostas das suas inquietações. Querem ser ouvidos. Esta perspectiva é sustentada pela evolução tecnológica que nos legou a Internet e esta os novos media e as redes sociais.
As redes sociais atingiram uma popularidade com efeitos significativos na formação da opinião pública, competindo “taco a taco” com os media tradicionais, que até então detinham o monopólio da transmissão de informação às massas.
Significa que existe um público expressivo da sociedade que crê fielmente nas informações passadas por estas plataformas.
Estas informações boas ou más, verdadeiras ou não, têm poder na construção da imagem de qualquer instituição ou pessoa e ditam comportamentos.
Numa era de elevado escrutínio público em que todos os dias os “feeds”, “reels” e estados das redes sociais trazem manchetes carregadas de acusações e escândalos que envolvem instituições e gestores públicos, é paradoxal ver instituições e determinados gestores públicos a remeteremse ao silêncio sempre que são alvos de denúncia, agudizando assim a falta de credibilidade e confiança nas instituições.
A nosso ver, comunicar melhor demanda, sobretudo, a necessidade de inclusão de uma adenda ao nosso contrato social que obrigue as instituições e os respectivos servidores públicos a comunicar com verdade os actos e processos pelos quais agem no que tange à gestão da coisa pública.
A ausência de transparência e verdade na comunicação das nossas instituições agudiza a desconfiança.
Quando a verdade e a transparência veem contidas em todos os actos e processos pelos quais as instituições se regem no alcance dos seus objectivos sociais, habilitam no cidadão a percepção de valor, gerando assim a confiança.
No entanto, para assegurar a sustentabilidade da execução e continuidade deste propósito vale atentar para os seguintes elementos: enquadramento legal, estrutura, processos organizacionais e o capital humano… (continua).
Por: Jornalista e Comunicólogo