Obrigado pela oportunidade que a coordenação me cede nesta edição e óptima Segunda-.feira! por mais que se esconda a verdade, é ponto assente que a inversão de valores na polícia Nacional, enquanto órgão destinado a manter a ordem e a tranquilidade pública, é um facto.
Depois do caso ocorrido no benfica, em Luanda, os próprios agentes e colegas do polícia que foi humilhado, também pelos próprios colegas, ligavam para um tal de Zinga, tido como o cumpridor da operação, e o maltrataram com palavras.
Os áudios que circulam nas redes sociais mostram que os agentes que se solidarizaram com o colega, não tiveram quais- quer receios em fazê-lo. Aliás, nota-se que a polícia Nacional, por mais que as altas patentes não apareçam, está de patas para o ar, visto que os que tomam decisões enterram e vão enterrando a cabeça na areia.
Isso demonstra claramente a crise de valores que afecta a polícia Nacional e isso não é bom, porque é necessário evitar-se o pior, porque os ânimos estão exaltados.
O problema é transversal, logo a polícia Nacional, por ter contacto directo com o cidadão, é o tubo de escape. Como é evidente, o agente tem demonstrado frustração, logo uma mínima discussão, parte-se para a agressão e isso mostra a falta de preparação.
Por outro lado, os índices de exclusão social dentro da própria polícia Nacional são altos e claros, e isso decorre de situações cujos padrões devem ser postos em causa. um agente, na prática executa as orientações que saem do topo da gestão da pirâmide, logo é a pessoa mais importante da cadeia.
No entanto, não pode ganhar o que ganha, quando uns no topo têm mais e melhores condições sociais. Ainda que se aplique a norma para corrigir muitos males, de nada valerá, porque o problema é a inversão de valores que se vai assistindo. portanto, é evidente que a condição social dos agentes e demais cidadãos, noutras áreas da nossa sociedade, devem mudar urgentemente. Está demais!
POR:Sibanda Manuel, Benguela