À coordenação do jornal OPAÍS, saudações e votos de óptima disposição! nos últimos dias, por conta das dificuldades sociais que se observam em Luanda, devido à fome e à pobreza, praticam-se actos ilegais de comércio em tudo quanto é canto da cidade e arredores. Ginguba, paracuca, bombó frito, bolas de berlim, bolinho, magoga, água fresca, nos sacos e nas garrafas plásticas, são os produtos vendidos por cidadãos de ambos os sexos no centro e na periferia de Luanda. Tudo para matar o bicho e ter alguma coisa para o dia seguinte.
A situação continua a agravar-se e a população tem o centro para vender os seus produtos e levar algo para casa. Os fiscais ordenam o comércio, mas volta e meia acabam incapacitados devido à montanha de problemas que Luanda e o próprio país, Angola, enfrentam nos últimos dias.
Isto mostra que as autoridades do Governo provincial de Luanda (GPL) sabem e conhecem os problemas, mas sentem-se incapazes de manter a ordem administrativa. Isto deixa a cidade suja e sem capacidade para lazer.
A cidade, atenção, cheira mal. Os meninos de rua gozam dela como se fosse uma casa sem regras. Basta olhar mesmo aí nas cercanias da sede do GPL. A desordem é tanta, porque os problemas de base afectam o cidadão.
Espero que não usem o bastão para repor a ordem, que os problemas estão identificados, mas cruzam os braços. Quando não há o que comer, o cidadão encontra sempre uma fuga, violando ou não normas morais ou jurídicas.
POR: Walombo Manuel, Maianga