O clima de hoje nos torna mais irmãos, as andanças marcam o passo de querer crescer. Os rodeios tornam-se roteiros. O calor oprime a dor, essa dor é resultado de um desejo que ratravessa sempre que as nossas lágrimas embarcam na solidão dos nossos braços a remar contra a maré, esses braços de dedos entrelaçados de feridas. Almeja-se o arroz com a dor carregada de latas entre as costas, ligado a um suor que lasca os nossos caminhos.
Vivemos na era de questões permanentes, do fôlego entre jazidas no prato, dos arranjos de metais na porta da boca que vira subsistência na medida que saímos à rua vendo o pôr-do-sol bem debaixo da nossa escuridão. Parece mentira, mas o moral sobe coitado quando estamos na estrada a roçar contra o tempo que é um algoz na noite de beira diante da nossa almofada.
A noite consome o sono entre caloria exante, o sonho transforma-se em peso facturado na busca da modalidade que inferniza o prazer do agrado da vida. Nossa dor é um instrumento que tocaos nossos corações cheios de batimento, como uma relíquia que não se encontra facilmente. Falo de nós, com os míseros na mão, ninguém detecta os nossos verdadeiros choros que se transformam em cantos sempre que vamos à procura de metais, com o verdadeiro sentido dos ouvidos que oscila as nossas paragens, que com a duna entre as vestes sobre os poros embalsamado de sujeira.
Está em nós o poder de compra solidificado em inflação, e o custo de todos os povos paga-se na medida que tentam identificar o certo do errado: perdem-se no tempo, enquadram-se às políticas públicas que é um valor incontornável e jamais se apagará na história do Homem que passa a vida inteira na solidão com os prantos de lágrimas sediadas de lamúrias e hoje vive o tristão triplicado com a fé da boa ESPERANÇA!
POR: N’Dom Calumbombo