Obrigado pela oportunidade que me dão nesta edição e desejo óptima Quinta-feira à coordenação do jornal O PAÍS! Aproveito o vosso espaço para falar dos transtornos que alguns cidadãos passaram ontem no Zango III, na Viana, em Luanda, por conta da ausência dos comerciantes que vendem dinheiro electrónico.
Na última paragem, muitos funcionários públicos e privados, quando chegaram ao ponto para riscarem, viram-se à rasca, porque os comerciantes não estavam no local. Os vendedores de dinheiro sumiram, em bloco, porque um dos colegas, pelo que ouvi no local, terá sido assaltado e assassinato por meliantes.
Esses, por sua vez, decidiram não trabalhar e acompanhar o colega até à última morada como forma de o honrar pelo trabalho que fazia humildemente. Muitos precisavam apanhar táxi, comprar magoga e outros bens de primeira necessidade logo pela manhã, porque os bancos estão no Zango I e II e enchem muito, as filas são longas e demais.
No Zango IV, no SIAC, o cenário é o mesmo todos os dias e para quem está atrasado, prefere perder uns valores, mas chegar cedo ao serviço. Com isto, quero dizer que a ausência de serviços públicos no Zango, apesar de existir alguns e que não darem resposta à altura, deixa os moradores completamente desnudados.
As instituições públicas e privadas de realce, com políticas públicas fiáveis, têm a obrigação de chegarem aos Zangos. Os cidadãos, à luz dos novos modelos de gestão pública e privada, não devem andar quilómetros para resolverem tarefas simples, por isso é chegado o momento de se repensar administrativamente os Zangos. Tem sido uma dor de cabeça!
POR: Quito Kabanda, Viana