Queira senhor director, aceitar as minhas saudações, e agradecimentos pela publicação desta carta que poderá reflectir preocupações de outros concidadãos! Faz algum tempo, muito curto mesmo, num encontro com a imprensa, o DG da antiga Viação e Trânsito falava de milhares de cartas por levantar na sua direcção e que dava um prazo limite para os levantar sem pagar uma multa.
Na mesma ocasião, o DG do SME falou da fluidez do trabalho da instituição que dirige, numa altura em que até já se recorre às novas tecnologias para comunicar aos utentes a disponibilidade do seu documento. Na verdade, é visível o avanço tecnológico feito, aferido pela qualidade do passaporte que nos é entregue. Mas, algo parece indicar haver forças reactivas no sentido contrário à orientação da direcção dos Serviços de Migração e Estrangeiros, mesmo porque há um programa Simplifica para agilizar a emissão de documentos, e evitarem-se ‘ataques de nervos’.
O autor destas linhas é um cidadão que usa passaporte ordinário desde os anos 90. Havendo constatado a caducidade do seu último passaporte dirigiu-se aos serviços do SME para renová- lo. Cumpridos os formalismos administrativos, voltei 30 dias depois ao posto do SME, com o objectivo de levantar o seu documento. Fui atendido, mas a diligente oficial de migração lamentou informar que o documento ainda não estava emitido e que devia aguardar por uma mensagem no meu telefone a comunicar o “pronto para levantar”.
Como podeis ver na cópia aqui publicada, são passados quase cinco meses e a tão aguardada mensagem ainda não entrou na caixa de correio do meu telefone, logo não tenho o meu passaporte comigo. Eu que tencionava viajar no próximo mês de Novembro, com toda a certeza, já não vou a tempo de fazer esta viagem. Cá comigo, tentando fazer um exercício de adivinhação, me questiono sobre as razões que levam uma entidade a demorar cinco meses para emitir um documento, apesar dos apetrechos tecnológicos de que está dotado o SME.
Senhor director, há várias maneiras de comunicar e, felizmente, esta é uma delas que tem o condão de despertar publicamente os gestores para a ocorrência de problemas internamente, porque, de facto, estes cinco meses dizem muito da semelhança com a dinâmica vivida nos tempos da DEFA. Quem viveu a época sabe do que se trata. Muito agradeço a leitura e a afinação dos procedimentos.
POR: De um leitor identificado