Saudações, caro coordenador! A Escola 1206, vulgo “Bolinhas”, é uma infra-estrutura que, desde 1993 foi recuperada por um grupo de quatro professores, vindos do Grafanil.
Muitos jovens e quadros deste país receberam aí a formação primária, até ao ano de 2018, altura em que os últimos estudantes foram transferidos para o actual Colégio n° 8002 (Angola e Cuba). Não faço ideia de quantos angolanos foram prejudicados por causa do encerramento da estrutura.
Da boca dos fundadores da escola, Antônio Maria Bravo e Ana Baptista, afirma-se que o encerramento deveu-se à promessa do Ministério das Obras Públicas, em demolir a mesma para a construção de uma escola de raíz. De lá p’ra cá, a promessa não passou de uma conversa para o “boi dormir”. Hoje, a estrutura está totalmente invadida pela selva, que transformou a mesma numa floresta.
Mas o que me deixa estupefacto, foi descobrir que vivem naquele espaço quatro professores e suas famílias, incluindo o Ex-director e fundador da mesma, dividindo o espaço entre pessoas e a selva. Senhor director, enquanto a administração de Viana é acusada de demolir casas, aqui nas bolinhas, os moradores que também são professores, mesmo depois de serem cadastrados a promessa de serem realojados morreu na gestão do ex-ministro das Obras Públicas, Manuel Tavares.
As cartas enviadas às várias instituições de direito não surtiram efeitos e aquela família vive numa miséria, senão num espaço imundo. Pelo bem ou pelo mal, consomem energia pré-paga e são obrigados a desligar o ar condicionado pois os custos são elevados. Dizem que o senhor Fortunato está de regresso à administração do Kilamba Kiaxi.Talvez venha a fazer diferença para a solução daquelas famílias. Que se promova mais o respeito à vida e à dignidade da pessoa humana.