Caro director,
Escrevo da cidade do Lubango, onde estamos todos muito zangados com o nosso Governo provincial. É melhor dizer mesmo que estamos lixados. A cidade está cada vez mais degradada, imagine-se como fica, nesta época chuvosa, com os montes de lixo acumulados nas esquinas.
Por: Carlos Fialho Lubango
Até na rua do próprio governador provincial há lixo acumulado. Mas mesmo assim não se faz nada. A nossa cidade, mesmo com a fama de ter bons empresários, está com uma imagem velha, apática e degradada. Isto significa que os tais empresários não criam trabalho para as pessoas.
E sem trabalho, as pessoas não ganham dinheiro para fazerem alguns arranjos nas suas casas. Mas parece-me que isso Saqueadores de património tudo é propositado. Eles deixam tudo degradar-se para depois destruírem, comprarem a preços baratos, ou mesmo ocuparem só e erguerem os seus negócios.
Então, se o Lubango é uma cidade pequena, o que justifica que estejam a construir prédios encima das casas velhas que destroem? Não querem saber do património da cidade; este, que não lhes diz nada porque não são da cidade, não sabem o valor das casas velhas, da história. Exceptuando as casas, nada mais lhes interessa, estão a destruir os jardins, os parques e os locais de interesse cultural, religioso e social.
Veja-se só como começaram a destruir o parque da Nossa Senhora do Monte. Começaram a construir na piscina para depois erguerem uma exploração comercial. Ou seja, aquilo que já está lá há muitos anos, que tem valor histórico e patrimonial, queriam aproveitar para ganhar dinheiro. Seria bom que o Presidente da república exonerasse também o governador provincial e o administrador do Lubango, porque quem não consegue entender e preservar o património de uma cidade não pode dirigir esta mesma cidade. Tenho dito,