Ilustre coordenador do jornal OPAÍS, saudações a todos os trabalhadores desta casa de imprensa! Escrevo para o vosso diário pela segunda ocasião. Hoje, não irei falar sobre política. Na última Quarta-feira, 15, um jovem, identificado apenas por Serginho, de aproximadamente
19 anos de ida- de, foi atingido mortalmente por disparo, supostamente pelos efectivos da Polícia Nacional, no bairro Uíge, distrito urbano do Ngola Kiluanje, província de Luanda, durante um tumulto resultante da paralisação dos automobilistas em virtude do mau estado das vias. Fiquei a saber que a morte do jovem aconteceu pelo facto de este ter proferido duras críticas contra os efectivos que se faziam presentes no local. Não acredito nisso.
Deve ter acontecido qualquer coisa. Algo demasiado estranho. Verdadeiramente, a população quer asfalto no bairro Uíge. Só isso! Custa? O que se passa agora? A administração local está desde ontem a tapar os buracos nas estradas com areia vermelha. Que tragédia! A administração acredita que isto vai resolver o problema.
Têm de saber que quando começar a chover com intensidade a situação vai mesmo piorar. Não há dúvidas! Não queremos terra vermelha. Queremos mesmo asfalto. Há empresas de realce a operarem nesta zona da capital do país, tal como a Saigas e a Sonangol. Que vergonha! No manifesto eleitoral de 2017, o Movimento Popular de Libertação (MPLA), sob o comando de João Manuel Gonçalves Lourenço, fez questão de sublinhar que iria reabilitar as estradas da capital do país. Mas, vamos ter calma. O governo nunca abandonou o seu povo. Obrigada!
POR: Cristina Lopes
Luanda, Cacuaco