Caro director do jornal O PAÍS, agradeço a oportunidade que me dá para escrever no vosso espaço. Apesar dos crimes aberrantes que acontecem na nossa sociedade, estou a gostar da forma como a Polícia Nacional está a actuar. Um dos exemplos flagrantes é o do Mártires de Kifangondo, no distrito da Maianga, em Luanda, onde os nossos irmãos oeste africanos transformaram o espaço numa “bolsa de valores” informal.
POR: José A. Menha
Com a subida do novo elenco da Polícia Nacional, em pouco tempo, foi possível reduzir a venda ilegal de divisas na rua. Tudo indicava que havia gato atrás da porta, ou seja, alguém se beneficiava desta prática ilícita que sempre preocupou os cidadãos mais pacatos. Esses, sempre que se dirigiam a um banco privado para comprar divisas, mesmo tendo o bilhete e o visto, nunca tinham uma solução.
Na realidade, o dinheiro ia parar no Mártires e por isso combate a corrupção e outros males que assolam a nossa economia estão a ser descobertos. Outra atitude boa da Polícia Nacional foi a visita do Comandante Geral, Panda, ao Posto Fronteiriço do Luvo, na província do Zaire, com a República Democrática do Congo.
Ali, como é evidente, tem sido uma zona de contrabando, no entanto o novo chefe da Polícia Nacional foi ao local afeir as condições do efectivo, bem como circulam os bens e serviços naquela região. Na sua entrevista, o responsável da Polícia Nacional mostrou- se preocupado com uma série de crimes que por ai acontecem, entre os quais drogas, tráfico de pessoas e outros.
Ainda assim, o comissãrio Panda adiantou que o trabalho vai continuar, uma vez que os cidadãos merecem viver sem muitas preocupações. A onda de repatriamentos que se deu na província da Lunda Norte de cidadãos da República Democrática do Congo por estarem ilegais naquela zona também merece os meus aplausos. Espero que não fique por aqui, aliás acabou a erado general fulano ou chefe fulano. Queremos uma sociedade justa e está visto que é possível.