Ilustre coordenador do jornal O PAÍS, obrigado pela oportunidade que me dá nesta edição de Sexta-feira! Aproveito o vosso espaço para falar dos peões que violam todos os dias a vedação colocada ao longo da estrada de Viana, em Luanda, para prevenir acidentes e melhorar o trânsito automóvel. Não se concebe.
Não se percebe. Os cidadãos, à luz do dia ou à noite, preferem evitar a pedonal e pular a vedação para irem para o outro lado da estrada. Por conta disto, muitos cidadãos são mortalmente atropelados, porque, ao pularem, muitas vezes, não dão conta do carro que vem a alta velocidade. O muro de vedação ultrapassa a altura normal dos cidadãos, ainda assim preferem ser “ninjas” para causarem problemas aos familiares que estão em casa sentados.
Penso que as autoridades devem mobilizar mais os cidadãos e mostrar que o risco naquele ou noutro ponto, violando as regras do trânsito, é iminente. A estrada de Viana, por ser muito longa, conta com pedonais e mesmo assim os cidadãos se sentem ‘incapazes’ de passar sobre as mesmas. Em face disso, o mais importante é não perder a esperança de que as coisas vão mudar um dia e que a consciência dos homens tende sempre a melhorar.
Neste quesito, aproveito dizer que o trabalho feito ao longo da estrada de Viana vai sendo banalizado, porque há pontos em que as cercas já estão a ser vandalizadas. Os lancis só não são levados para os bairros adjacentes por serem muitos pesados, de outro modo já lá não estariam e ali as autoridades teriam mais facilidade de recuperar os bens, porque as cercas são directa e imediatamente levadas para o mercado paralelo.
POR: Luís Nakaye, Vila de Viana