À coordenação do jornal O PAÍS, saudações e votos de óptima Quarta-feira, visto que estamos à portas do mês de Outubro, querendo ou não! Obrigado pela oportunidade que me dá neste espaço, pois devo dizer que ouvi pela primeira vez o termo patologias sociais numa discussão com os colegas na escola e isso me chamou atenção até hoje.
Assim que cheguei à casa, consultei os manuais de Sociologia e consegui entrar no espírito do termo, que, em poucas palavras, são os problemas que as sociedades enfrentam e que depois descambam na crítica. Então, fazendo um paralelismo aos assuntos que correm, esta semana na província de Malanje, um ancião engravidou a enteada, na Lunda-Norte, um cidadão da RDC, já detido, foi apanhado a vender carne de cão. Em Malanje, uma pastora, também já detida, defraudou mais de duas dezenas de crentes, aldrabando que os colocaria na Caixa de Segurança Social da Forças Armadas Angolanas (FAA).
Os assuntos em questão decorrem dos problemas sociais, políticos e económicos que assolam o país e no salva-se quem puder, todas as artimanhas valem, colocando em segundo ou quarto plano os valores. Aliás, numa sociedade em que a maioria luta pela sobrevivência, os valores morais e éticos, em sentido restrito e lato, são jogados diariamente no balde de lixo e por mais que se puxe, a necessidade supera a moral.
Angola ser um Estado soberano, democrático e de direito, é importante haver coragem, penso, e criar-se uma equipa multidisciplinar para dar resposta às patologias sociais que afligem diariamente a vida do cidadão no domínio político, social e conómico. Sem se dar voltas, uma educação de qualidade é o caminho, portanto, até algumas instituições, quanto aos problemas sociais, também assobiam ao lado.
POR:Manuel Bassongô, Luanda