Senhor director do jornal O PAÍS, muito obrigado pela oportunidade que me concede nesta edição de Sábado, na ressaca do Dia Internacional da Mulher, permita-me ser sempre mulher, mãe, dona de casa, ministra, doutora e muito mais.
POR: Manuela Nzinga
Neste espaço, quero dizer que vivo na Estrada do Calemba II, entre o Golfe e a Viana, província de Luanda, uma rua cujo fluxo automóvel e a circulação de pessoas e bens tem sido uma constante. Mas, o que me inquieta são as condições que a via apresenta há mais cinco anos nas barbas dos administradores e dos governantes por que passaram pela província de Luanda nos últimos tempos. A poeira, buracos na via, zungueiras, minhas irmãs, lixo e outros agentes poluentes na via causam constrangimentos aos moradores, bem como a todos os que trabalham para o pão dos seus filhos, ali, nos armazéns, nos mercados adjacentes e ao longo da via. Posto isto, peço humildemente ao novo governador da província de Luanda, Adriano Mendes de Carvalho, que crie condições, crises financeiras e orçamentos à parte, naquela via, aliás ajuda a descongestionar o trânsito. Não sei. Mas, penso que os administradores locais, aí, nunca cumpriram com as suas obrigações, mesmo, também os governos do Palácio do Mutamba, porque não se admite a falta de intervenção naquela zona. É demais, todos os dias, as casas ficam cobertas de poeira em tudo quanto é canto. Os carros baixos sofrem, no final de tudo, e ainda por cima me obrigam a pagar taxa de circulação e não refilamos, porque sabemos que a taxa tem uma função bilateral, ou seja, recíproca. Senhor governador, intervenha, em nome do seu governo na Mutamba, na via, insisto, porque não passeios para os peões, porque nunca foi feito, também sei que não é do seu pelouro, mas minimize, por favor, a situação na rua ou estrada do Calemba II, aquilo está pior. Os riscos de saúde são vários que não sei se ainda terei pulmões para mais dez anos, porque a poeira e o lixo tomam conta de mim todos os dias. Faço manutenção no ar condicionado de um em um mês. E quando chove, a situação fica pior que escalar o Cabo Bojador! Haja mais amor ao próximo, tenho dito, somos mortais.