Prezados director e toda a equipa do jornal OPAÍS, O que me traz aqui é uma preocupação que julgo partilhar com muitos angolanos. Todos lemos nas notícias o crescimento do negócio das seguradoras em Angola. Aliás, vão surgindo novas seguradoras no mercado. Agora, como o seguro automóvel é obrigatório, elas têm aí uma boa fonte de rendimento. Também, como a assistência médica do Estado não satisfaz, muita gente, principalmente através das suas empresas, tem o seguro de saúde. Só que eu tenho as minhas perguntas: no seguro de saúde, já que cada seguradora tem contrato com poucas clínicas, se eu precisar de assistência urgente e estiver num local do país onde não exista uma clínica com contrato com a minha seguradora eles mandam uma ambulância? Não. Mas nos outros países é assim. Também no seguro automóvel, se eu tiver um acidente ou uma avaria a meio de uma estrada nacional, a seguradora manda um reboque e me dá outro carro para continuar a minha viagem? Não. Mas nos outros países é assim. Portanto, acho que o Governo deveria proteger os cidadãos também neste aspecto, porque as seguradoras ganham muito dinheiro e dão muito pouco no momento em que estamos aflitos. E mesmo as clínicas que eles contratam na maioria é só para o doente ser consultado pelo médico, porque também há muita falha nos medicamentos. Não sei se estou errado, mas acho que há muitos angolanos com estas preocupações também. Por isso digo que o Governo deveria prestar mais atenção. Cumprimentos a todos.