Caro coordenador do jornal O PAÍS, saudações e votos de óptima Quarta-feira! Nos últimos dias, um pouco pelo país, o fenómeno religioso tem levado muitos cidadãos a cometer erros graves por estarem cegos numa suposta fé defendida por pastores de seitas duvidosas, se assim se pode considerar.
O assunto tem preocupado os cidadãos, mas parece, é minha visão, que as autoridades não têm estado muito interessadas em abordar olhos nos olhos o fenómeno em Angola.
O Estado é laico, isso até tem dignidade constitucional, mas é ponto assente que os atropelos, em nome da fé, têm sido um absurdo na mente de muitos pastores no país.
A vontade de muitos pastores, com respeito aos demais, é somente estorquir os crentes, alegando factos que muitas vezes não existem, mas esses, por saberem e conhecerem os fenómenos sociais, brincam com a ignorância dos fiéis.
Noutras latitudes, quando se consumam equívocos do género, os entes estaduais entram em cena, no sentido de sancionar tal comportamento ou mesmo mandar para a cadeia os supostos promotores da fé, em nome do Supremo Maior, e, consequentemente, encerrar o templo.
Há dias, uma jovem sofreu abusos sexuais, por parte do pastor, na província do Uíge, por ser descoberto, o mesmo encontra-se a contas com as autoridades, visto que alienou os seus valores.
Penso que é uma atitude reprovável, porém os entes do Estado devem ser mais responsáveis ao licenciarem uma igreja.
Aaliás, não se podem deixar levar pelo vil metal, quando falte um ou outro requisito para ser aberta, uma vez que está em causa o futuro de muitos cidadãos no ordenamento jurídico angolano. Portanto, a liberdade de culto é um facto, mas com mais respeito!
Por: Lito Mazozo, Bengo