Caro Director, saudações renovadas. As últimas notícias do dia-a- dia têm sido bombásticas demais para quem almeja uma Angola melhor. Casos tristes, uns atrás de outros. Está duro corrigir o que esta mal e melhorar o que está bom. Aliás, como diz o outro: melhorar os que estão bem ou sempre estiveram bem.
POR: Manuel de Jesus
E então, esta bomba atómica dos cinquenta e um mil milhões de dólares que foram roubados deixa-me sem norte. É por demais. Na verdade, são poucas ou quase nenhumas as coisas boas na nossa terra em termos de realizações e gestão. Dentre os vários casos do mal, vive-se uma série de dificuldades para o cliente do BPC poder obter um cartão multicaixa. Não há cartões. Nas poucas dependências que há, só atendem das 8 horas às 10. Levei quase um mês para poder renovar o meu multicaixa. O cartão anterior perdeu validade. Fui ao BPC, junto ao Instituto Superior de Ciências Policiais, General Osvaldo de Jesus Serra Vandunem, e recebi a triste informação que lá não emitem cartões. O mesmo acontece no BPC do Estádio 11 Novembro, da Rua da Camama junto a Angochi e do Lar do Patriota. São muitas as dependências que não emitem cartões. Tive de falar com alguém que tem amizade com um funcionário no BPC de Catete para poder ter o cartão multi caixa. Fui muito bem tratado, mas fiquei muito chocado porque lá havia muita gente com o mesmo objectivo, alguns dos quais já estão a sofrer há muitos dias. É inadmissível que isso aconteça e logo no primeiro banco comercial de Angola. O banco-mãe. Por que razão isto não acontece nos bancos privados, como o BFA, BIC, BAI, Sol, e tantos outros? Aí, o atendimento é na hora. Com toda sinceridade, não consigo acreditar e muito menos aceitar que nas empresas do Estado há coisas que são um deus nos acuda… O BPC está mal neste e noutros aspectos. Até há dinheiro de clientes que desaparece das contas. Outro caso idêntico, vê-se nas bombas de combustíveis da Sonangol. Há muita coisa errada. Escusado será enumerar. Além de não sentirmos as 24 horas de funcionamento como devia ser alguns bombeiros usam uniformes rotos e rasgados. O mesmo já não acontece na Pumangol, em que os donos foram ou estão ligados à governação. Hoje começam a construir um posto de abastecimento da Pumangol e amanha já esta concluída e tudo nos trinques. Há bombas da Sonangol que levam anos para serem construídas. Algumas das quais nas suas lojas não tem nada para os automobilistas e viajantes. Inclusive produtos da Sonangol. Em Catete no trajecto para a Funda, há uma que só tem velas e cigarro. A tarefa não é fácil, mas por favor, vamos corrigir o mau funcionamento no BPC.