Ilustre coordenador do jornal OPAÍS, saúde e paz e também obrigado pela oportunidade nesta edição de sextafeira! Está, outra vez, a circular um vídeo nas redes sociais, em que um agente da Polícia Nacional leva uma valente queda de um cidadão, quiçá por alguma complicação.
O vídeo em questão não mostra realmente em que ponto do país, Angola, se ocorreu o assunto, muito menos a data. Ainda assim, é chocante, porque, uma vez mais, a corporação emitiu vergonha a todos os angolanos.
O cidadão que praticou tal acto criminoso devia, em verdade, ser detido e julgado. Nos dias que correm, por não ser o primeiro nem o segundo acto de desobediência entre o cidadão e o polícia, é chegado o momento de as altas patentes darem a cara e não mandarem sempre os subalternos justificarem.
Uma das razões que leva o cidadão a agir contra o agente da ordem pública, é claro que não concordo, prende-se também com a má preparação, cujo polícia leva da sua casa para o curso básico que o habilita a ter a farda em nome do Estado angolano.
Isso mostra também que a Polícia Nacional, enquanto instituição, esteja a falhar, mas dificilmente não dão a cara para o efeito. Aliás, basta ver que a cultura da crítica, no bom sentido, não está enraizada na Polícia Nacional, assim como noutras instituições públicas do nosso país.
Por isso, uma “maka” como a da Rua da Dona Amália, até hoje ou ontem, não se viu qualquer alta patente a se pronunciar em conferência de imprensa. Isso denota arrogância e falta de amor ao próximo, como quem diz ‘tudo está controlado’.
Por mais que se criem normas jurídicas, e eu defendo, e ainda que se punam os infractores, nada prova que se sentirão intimidados, porque mais do que a força da lei, a moral e a ética devem ser o baluarte de qualquer sociedade e isso vai faltando do topo à base, por isso não há respeito.
E com a ausência do nada, envolto na pobreza social que se observa todos os dias, enquanto uns se lambuzam de fartura e olham de lado, não é possível só punir, mas defendo uma equipa multidisciplinar para se inverter o quadro em Angola, minha terra, meu país. Portanto, é triste ver um polícia ser agredido e levar quedas, isso não, que situação!
POR: Lino Barata, Huambo