Caro coordenador do jornal OPAÍS, obrigado pela oportunidade que me dá nesta edição! No município do Rangel, em Luanda, mais concretamente nas imediações dos Blocos e do Nelito Soares, há a famosa escola Ginguba. Aquele estabelecimento de ensino é muito grande, mas as condições de trabalho para os professores e para os alunos, não sei se é por ser escola pública, não é das melhores.
Capim, areia, lixo em alguns cantos e outros agentes poluentes tomam conta de toda a escola da Ginguba faz tempo. A direcção da escola, que muito faz para manter o ensino na zona, não sabe o que fazer, porque, ao mais alto nível, nem água vai, nem água vem. Por falta de controlo, os alunos violam as regras, pulam o muro, não usam batas, os grupos, muitas vezes, em aulas, entram na escola e ameaçam alunos, professores e até o corpo da guarda.
A Brigada Escolar, como sempre, chega tarde, de quando em vez, os agentes da ordem Pública que operam no Mercado dos “Congolenses” são obrigados a intervir. Os problemas na escola Ginguba são tantos que se resumem somente na falta de responsabilidade do Ministério da Educação e não da Direcção Provincial.
A Ginguba precisa, urgentemente, de uma reabilitação geral e isso, no âmbito do interesse público, para aquilo que se vê em alguns casos, não custa muito aos cofres do Estado, porque mais escolas, mais meninos no sistema, e é Luanda, Angola, a crescer. Os professores, coitados, com o pouco que ganham, isto é verdade, fazem muito para transformar a sociedade do amanhã, mas, mesmo assim, ao mais alto nível, não são tidos nem achados. Por favor, salvem a Ginguba e outras escolas.