Caro coordenador do jornal OPAÍS, obrigado pela oportunidade que me dá nesta edição de Quarta-feira. Nos últimos tempos, a cidade de Luanda está parcialmente iluminada. Não sei ao certo quais são as razões que levam muitas artérias da cidade a ficar às escuras.
Basta passar pelo Largo das Heiroínas até ao Largo da Indepen- dência, Maianga centro, Vila Alice, Avenida Deolinda Rodrigues, Rua dos quartéis, Zamba II, Rua da Samba, imediações da URP e outras ruas.
O cenário que se observa na cidade de Luanda permite questionar directamente o Governo Provincial. De outro modo, pode-se inferir que a urbe é “im”própria para gravar curta ou longa metragem de filmes cujo género é o de terror.
As pequenas trevas que se observam na cidade de Luanda, para não falar da sua periferia, obriga sair dela mais cedo, assim que se fecha o expediente. Os meliantes, aproveitando-se da escuridão, esperam os cidadãos para furtarem ou roubarem dinheiro e outros bens de valor com recurso à arma de fogo ou branca.
As autoridades da cidade e da província têm a obrigação de melhorar as condições da cidade, aliás, o lixo e a urina também tomam conta da urbe. Em vários pontos da cidade de Luanda, até de lazer, não permite parar, de dia ou de noite, para ter um dedo de conversa seja com quem for, o cheiro nauseabundo está demais.
Os meninos de rua abusam a cidade como se não tivesse regras, no entanto, os jardins também estão secos e os largos continuam sujos e sujos mesmo. Que cidade de Luanda temos hoje?