À direcção do jornal OPAÍS, votos de óptima Quartafeira, mais um dia de trabalho! Aproveito o vosso espaço, a Carta do Leitor, para falar do jovem que morreu ao pé da porta do Hospital Américo Boavida (HAB), no Rangel, em Luanda, pelo que se sabe, o mundo tomou conhecimento por conta de um vídeo que vazou nas redes sociais.
O facto, como tal, aconteceu a pouco menos de setenta duas horas. Segundo relato de pessoas próximas, o jovem faleceu por não ter dado entrada, a tempo, naquela unidade hospitalar.
Agora, com a sua morte e a consequente reclamação dos familiares e da sociedade, diz-se que os guardas em serviço, na portaria, são os presumíveis culpados.
Como é evidente, a vida já se foi e já não volta, mas é ponto assente que é um acto que coloca, uma vez mais, o nome de Angola na lama.
Isto choca todo e qualquer cidadão, e a explicação que o hospital vai dar ao público, já se sabe, e também não vai convencer, logo, quando se virar à esquina, as coisas ficarão na mesma?
De “bungle bangue”, como dizem os jovens, estamos cansados! A responsabilização laboral, civil e criminal, dos infractores, deve ser imediata, visto que há uma cadeia organizacional em que todos se encaixam.
Assim, com dolo ou não, a culpa não deve morrer solteira, aliás o acto ocorreu a pouco menos de setenta e duas horas, num hospital público e não é o primeiro caso!
Paz à alma do jovem e sentimentos de pesar aos seus mais nobres familiares, isto é Angola!
Luís Muenho, Vila Alice