Cumprimentos, equipa do jornal OPAÍS! Se esta carta ainda vos encontrar em véspera do vosso 16.º aniversário, os meus parabéns! Continuem com a dinâmica de trabalho boa que transmitem aos leitores assíduos, como eu, e à população em geral que vos tem acompanhado.
Esta carta é para levantar à discussão um erro que muito se tem registado nas estradas de Luanda, não apenas quando há um camião ou autocarro a gasóleo avariado, mas também quando temos um camião-cisterna a transportar combustível, com maior pendor para o gasóleo.
Em tempos, na Estrada Nacional 100, aquela que nos leva ao Ramiro, tivemos duas situações não muito boas, envolvendo “gasóleo na estrada”.
A primeira aconteceu nas proximidades do conhecido Campo de Golf ou Morro das Lamentações, onde supostamente um camiãocisterna que transportava gasóleo, por estar muito cheio, foi deixando cair o produto na estrada.
Coincidentemente, naquele dia, tinha chuviscado um pouco e o pavimento estava escorregadio. Já devem imaginar o perigo? Graças a Deus não tivemos um acidente gravíssimo, mas houve casos de viaturas que acabaram por se bater (sem muita gravidade). O camião-cisterna, obviamente, já não estava no local para que o motorista fosse responsabilizado.
O segundo caso envolveu um autocarro movido a gasóleo que avariou na mesma zona, tendo deixado cair alguma quantidade de gasóleo.
Parece que a avaria foi superada e o motorista retirou do local a viatura, seguindo viagem, como se não tivesse deixado nada para trás.
O gasóleo ficou ali na estrada, disfarçado, com o pavimento molhado pela chuva. Eu estava de passagem, na faixa de rodagem contrária, pelo que não sei mais o que houve de seguida.
Entretanto, no final do dia regressei pela mesma via, uma vez que vivo no Matadouro, e Graças a Deus não registou relatos de acidente na zona.
Entretanto, a minha preocupação surge pelo facto de estarmos a registar derrame de gasóleo nas estradas, colocando em perigo os automobilistas, sem que os condutores destes veículos que derramam tal combustível sejam responsabilizados criminalmente.
Por: Lussuka Afonso, Bairro Mundial