Apesar da amargura que invade as nossas almas, por conta dos crimes que aconteceram no último fim-de-se- mana, não deixo de estender o meu abraço à equipa do jornal O PAÍS. A morte de duas cidadãs, vítimas de violação, asfixia e tortura, abalou os moradores do bairro Malangino, no Golfe e a sociedade em geral, em Luanda.
Os factos ocorreram, de acordo com as testemunhas e a Polícia, no Quarteirão dos “Sete Candeeiros”, junto à vala dos chineses, quando as vítimas regressavam a casa, depois de terem participado na “Feira das Banheiras”, no Bairro Cassequel. As coisas, que acontecem constantemente, são semelhantes e isso tem preocupado os moradores na zona.
A primeira vítima, Rosária Gaspar Caxiqueri, 17 anos, residente no bairro Malanjino, foi violada, asfixiada e morta, às 2:00 da manhã. As coisas aconteceram como se fosse algo encomendado, os bandidos e outras ganges de rua, despidos de quaisquer sentimentos, levaram a vítima até à sua casa, bateram a por- ta dos pais e abandonaram o corpo como fosse uma entrega de pizza.
A segunda vítima, Ângela Patrícia Neves Neto, de 36 anos, residente igualmente no Bairro Malanjino, rua do Raul, foi interpelada pelos bandidos, às 3:00 da manhã do dia 22 Janeiro, quando saia da mesma festa, porém foi asfixiada e abusada sexualmente numa residência inacabada até à morte. Na nossa capital o crime está em alta, pois, estamos proibidos de ir à uma festa ou convívio e entrar acima da meia noite.
Pedimos encarecidamente a presença da Polícia Nacional e mais homens do SIC, à paisana, para fazerem um trabalho de baixa visibilidade e de- pois os prender, de modo que o bairro regresse à normalidade. São perdas irreparáveis, a sociedade clama por justiça e que os infractores sejam levados às barras do tribunal, visto que a tristeza invade os nossos corações pelas vidas que já se foram e não regressam mais.
POR: Golfo 1, Bairro Malanjino
Pedro Mahula