Caro coordenador do jornal OPAÍS, saúde e paz, e óptima quinta-feira! Aproveito o vosso espaço, a Carta do Leitor, para falar que a farmácia do Hospital Bispo Emílio de Carvalho, no Zango 8 Mil, em Luanda, os pacientes, depois de assistidos, à noite, e receberem alta, regressam à casa sem medicamentos. Isto acontece porque a farmácia neste período fica fechada e os pacientes são obrigados a regressar no dia seguinte com a receita.
E quem regressa encontra uma enchente daquelas que, às vezes, até perde a vontade de aturar a fila. Há ocasiões em que é preferível gastar o último tostão e conseguir a medicação na farmácia, na rua, do que aturar o que é grátis com muito esforço, o qual seria evitado se houvesse mais organização.
O que espanta é que a inoperância da farmácia no Hospital Bispo Emílio de Carvalho, recentemente inaugurado, ninguém consegue explicar aos pacientes as razões da farmácia manter-se encerrada no período nocturno.
Isto tem provocado enormes transtornos aos pacientes, porque muitas vezes há a obrigação de se começar já a medicação, mas, por conta do seu encerramento, tudo arranca no dia seguinte.
Ainda assim, os médicos passam a receita e como tal uma injecção, não se observa devidamente o paciente e, quando regressa à casa, as dores no corpo voltam a fazer das suas.
Não se pode ter queixas das infra-estruturas do hospital, muito menos das máquinas, são de tirar o chapéu, mas os funcionários e a sua gestão deixam a desejar todos os dias, e isso mancha o trabalho e o esforço de muitos que lá estão para trabalhar mesmo.
Espero que esta atitude na farmácia tenha dias contados e que tudo regresse ao normal, porque não acho que esteja a faltar um técnico de farmácia para trabalhar no turno da noite.
Duvido! Posto isto, espero que a direcção do hospital fiscalize melhor a actividade dos médicos, pois estão colocados nas respectivas áreas para trabalharem e não fazerem passagem de modelo como se estivessem na montra.
Aliás, está em causa a vida humana. E nos últimos dias, o Ministério da Saúde e outros parceiros sociais e privados têm falado da humanização dos serviços de saúde.
Por: Galito A. Boma, Zango III