Ilustre coordenador do jornal OPAÍS, espero que esteja bem de saúde. Por cá tudo bem. Graças a Deus! Escrevo a partir da província de Luanda, concretamente do município de Cacuaco. Tenho 68 anos de idade. Viúva. Tenho dois filhos.
A vida continua difícil. Estou no desemprego. Trabalhava como farmacêutica. Infelizmente, as coisas correram muitíssimo mal e acabei sendo despedida. Que in- justiça! Mas não irei sublinhar as causas. Já não consigo tomar o pequeno-almoço, nem sequer o almoço.
O lema agora é acordar e esperar o jantar. Viver neste país não é fácil. Só consegue quem dispõe de coragem. Está tudo caótico. Não estou aqui a atribuir culpas ao governo. É preciso acreditar no executivo. O elenco do Presidente João Manuel Gonçalves Lourenço tem dado o seu melhor para o bem-estar estar das populações. Claro que o governo não consegue fazer milagres.
Ainda assim, temos de acre- ditar que as coisas vão melhorar. Estou triste. Mas sei que vou encontrar um trabalho nos próximos dias. Também não ficarei em casa à espera de trabalho. Continuarei a lutar. Tudo vai melhorar. Resta ter esperança. Obrigada!
POR: Sara de Castro
Luanda, Cacuaco