Endereço os meus cumprimentos à toda redacção do jornal OPAÍS. Ilustres, sou residente do bairro Golfe 2, a minha casa está à berma da estrada. Não tem sido fácil viver aqui. Sem querer exagerar, afirmo sem medo de errar, que cá no meu bairro a sequência de acidentes é preocupante.
POR: Zinga Beto, Golfe 2, Luanda
Mensalmente, em média, nove pessoas são vítimas de atropelamento. Presumo, que esses atropelamentos resultam do intervalo de cerca de 3 km existentes entre as pedonais, isto é, da Igreja Simão Toco até o Nosso Super só existem duas pedonais. Penso que pelo facto de a terra não ser plana não é possível colocar uma passadeira. Mas, sem querer ser ousado questiono: será que a administração não tem constatado isso? A meu ver, constata sim. E não “põe o pé” nela (nessa situação) porquê? Essa resposta eu também gostaria de obter.
Espero que os administradores não me julguem por ter escrito a presente carta. No meu espaço vital, ou seja, em meus pensamentos, eu me coloco no lugar de todos. Não só penso como cidadão, como me coloco no lugar de quem dirige e no meio dessas opções todas o melhor foi pensar como humano. Sim, como humano tive amor ao próximo. Ninguém, que eu saiba, se sentiria bem ao ver aquele desfiladeiro de atropelamentos que mais do que atropelamentos são atrocidades.
Outrossim, essa não é a única situação. Há ainda a “maka” da iluminação pública. Esse bairro carece de iluminação. Os postes estão como simples adornos. Não sei o que lá estão a fazer se não iluminam o bairro nas noites escuras. Já agora, agradeço pela oportunidade que me foi concedida para poder “desarrolhar” as “malambas” do meu bairro. Renovados votos de um feliz natal e um ano novo próspero à toda redacção deste jornal.