Vem aí a zona de comércio livre continental em África, um propósito bonito e importante. A iniciativa é de todo louvável, se pensarmos que os mais de cinquenta países africanos comercializam mais com o exterior que entre si, um absurdo incompreensível. Contudo, há aspectos também importantes a acautelar nisso tudo, para que esta empreitada tenha sucesso e repercussão na vida dos africanos. Vai ser necessário criar imediatamente indústrias – as matérias-primas do continente têm de ganhar valor internamente. Vai ser necessário trocar conhecimentos – as universidade africanas devem pautar pelo intercâmbio entre si e produzir desenvolvimento em todos os campos. Vai ser necessário melhorar as vias e meios de comunicação –virá o tempo em que será um absurdo continuar a dar a volta ao mundo para se chegar ao vizinho. Não há comércio que sobreviva.