Caro coordenador do jornal O PAÍS, saudações! Sempre acreditei nos palancas Negras, nome oficial da nossa Selecção Nacional de futebol. Nos momentos mais difíceis, durante a campanha de apuramento ao CAN, que se disputa na Côte D’Ivoire, nunca os larguei.
No período em que se disputavam os jogos, muitos cidadãos, inclusive altos dirigentes do nosso país falavam mal dos jogadores. Ainda assim, tudo fizeram e chegaram ao CAN em solo Ivoirense. postos no palco da competição, estão a dar cartas e agora surgem os falsos adeptos a apoiarem.
É verdade que somos angolanos e temos também o direito de ficar triste com a equipa, mas não ao ponto de os abandonarmos e os mal- tratarmos, aconteceu sim! Depois das vitórias na Côte d’Dvoire, há um soberbo aproveitamento político de todos os cantos. Os prémios para os miúdos são sim bem-vidos, mas não da forma as empresas privadas estão a assumir.
Na hora da verdade, antes do grupo embarcar para o Dubai, no estágio, o presidente da FAF, Artur Almeida, depois do CAN tem que ajustar também as contas, disse que não havia dinheiro. Depois do seu pronunciamento, não vi qualquer dirigente ou membro de uma empresa pública pronunciar-se, porque não tinham crença na Selecção Nacional.
Digo e repito, é importante acreditar sempre e sempre e isso não aconteceu na primeira hora. Agora, já ligam e falam bem dos miúdos, isto as- sim não é preciso reconhecer o erro antes e depois.
A federação fez bem em proibir que as premiações fossem directamente comunicadas aos jogadores. Os nossos dirigentes públicos e privados, as vezes são os mesmos, devem saber separar o trigo do joio, Os rapazes estão no estágio concentrados e preparados para o jogo, eles não querem ouvir nada de fora.
por isso, não ralhem o Gibelê, é o atleta galvanizador da Selecção Nacional, porque o inverso teria acontecido o pior naquele telefonema, nós conhecemos os nossos dirigentes, poucos são educados; força, palancas Negras!
POR:Mbala Carlos, Luanda