Segundo Associação dos panificadores Angolanos, o pão que tem chegado à mesa dos angolanos é um autêntico veneno. por outro lado, o jurista tito Cambanje, na qualidade de comentarista do revista Zimbo, refutou afirmando que se trata de exagero, não aceitando que tenhamos padarias em más condições técnicas e de higiene.
Negar tal realidade talvez seja cinismo, desconhecimento de Angola suburbana ou mesmo fingir da realidade caótica que nos acomete a todos. David Mendes, diferente de Cambanje, foi mais sensato e sincero em relação ao assunto, tendo feito uma análise assertiva, apesar de o fazer em pouco tempo, porém deixou o essencial.
Com pouquíssimas excepções à regra, as nossas padarias são, sem dúvidas, um autêntico perigo à saúde. os pães são produzidos com águas impróprias e por pessoas despidas de salubridade e segurança. Há consumidores que já encontraram, no pão, objectos como lâmina. tudo isso deve-se à inspeção débil e menos actuante, elevando as panificadoras ao mais alto nível de podridão.
O Cazenga, onde resido, está repleto de panificadoras “podres” que produzem pães “podres”. Logo, a refutação de tito Cambanje não ganha sustentabilidade nenhuma. Aliás, isso legitima o insulto aos consumidores, colocando-os em desvantagens e em perigo fulminante. Chega-se à conclusão que alguém, como disse Saramago, não anda a cumprir com os seus deveres.