À coordenação do jornal OPAÍS, votos de óptima segunda-feira! Nos últimos tempos, a Via Expressa, em Luanda, tem sido palco de muitos assaltos, sobretudo de viaturas. Por falta de táxis azuis e brancos nas paragens, o cidadão, com pressa de chegar a casa, apanha qualquer carro, desde que vá para o seu destino.
Neste processo, quando começa a viagem, o motorista ou os passageiros correm riscos, porque ninguém sabe quem é quem. Há dias, saía do serviço e subi num táxi, turismo, em direcção ao Cacuaco. No meio da viagem, fomos colocados. Levaram todos os nossos pertences e isso fez com que entregássemos os cartões multicaixa e os respectivos códigos.
Levaram-nos para uma mata, à noite, o medo nos consumia, mas a sorte estava connosco, porque no grupo havia um mais sensível. E esse disse: vão e não olhem para trás. Foi a nossa sorte. Sem dinheiro e sem nada. Fomos até à estrada e daí pedimos uma boleia que nos deixou na ponte do 25.
Eram 23:00. Caminhei até às imediações da Cidade da China e lá apanhei uma outra boleia para casa, no Zango. Foi um dia tão difícil que, graças a Deus, cheguei a casa meio atormentado. Por isso, peço aos meus irmãos para serem mais atentos aos táxis pequenos. Não foi fácil. Que a Polícia Nacional comece a patrulhar muito aquela zona para se reduzir os assaltos naquela via.
POR: Adão Mendaco, Zango I