À coordenação do jornal O PAÍS, saudações e votos de óptima Sexta-feira!… Nos dias que correm, é notório ver-se nos mercados de Luanda e arredores senhoras a venderem água nos sacos ao preço de 50 kwanzas.
O que me espanta é que também há clientes para aquele produto o qual inspira cuidados e algumas incertezas, porque a água não se sabe ao certo se é ou não tratada, apesar de ser corrente. As senhoras compram pedras de gelo, colocam num balde e vão pondo nos sacos para depois despacharem.
Uma garrafa de água mineral custa 100 a 150 kwanzas, a grande ronda os 250 ou 300 kwanzas, mesmo assim há quem não tem este valor para ter uma água mais segura. Isto mostra que a situação está cada vez pior, mas essas pessoas não têm outra alternativa, porque falta tudo e gastar 100 kwanzas numa garrafa de água pesa.
Mas, é ponto assente que a saúde dessas pessoas que consomem esta água inspira cuidados, pois a água corrente não tem sido das melhores e a água dos sacos era vista à venda nos anos 90 em mercados como Roque Santeiro, Tunga Ngó, Kwanzas, Asa Branca e outros. Depois de 2002, esse cenário desapareceu e volta a dar o ar da sua graça. Que situação!