À coordenação do jornal OPAÍS, óptima terça-feira! Nos últimos dias, a “micha” ou facturação sobre documentos na Identificação da Flor do Prenda, no distrito da Maianga, em Luanda, continua em caixa alta.
Sempre que um cidadão for tratar o Bilhete de Identidade, um Registo Criminal ou documento, nesta repartição do Ministério da Justiça, depara-se com uma multidão à porta que dá vontade de regressar.
Mas, volta e meia surge o micheiro a solicitar o utente, prometendo de que pode resolver a sua situação em pouco tempo, desde que largue uma gasosa. Na pressa e sem vontade de esperar uma eternidade, o cidadão lança-se ao convite e vê o seu problema resolvido, apesar de pagar mais do que o normal. Isso mostra o quão desorganizado está a Flor do Prenda, e já leva mais de duas décadas.
O poder do funcionário, na Flor do Prenda, está na rua, quando devia estar propriamente no balcão, onde se resolveriam atempadamente os serviços. Deste modo, é chegado o momento de, ao mais alto nível, haver maior rigor e fiscalização na Flor do Prenda, porque a micha lá está demais; e os cidadãos que não têm padrinho na cozinha, como é que ficam? Levam mais de duas horas para terem um documento tratado, está demais!