Carta ao rei da “Caop A”: um minuto de epifania

De quando em vez, fiz suspeitas a si, os meus desígnios não me levam à direção dos enganos, cri, literalmente, na certeza de que eras tu, ó membro da Caop A, seus escritos de ordem legislativos hodiernos são lavagens do cérebro dos ventos contemporâneos.

Tem, veementemente, uma capacidade de psicopatismo, os seus instintos, ineficazmente, pulam encravados em instituições públicas, com dom corrupto, encestando desafios musculares em órgãos do seu Estado.

Seu olhar, ó Excelência, põe tímido a nossa existência de sobreviver, o vazio de todos, de per si, não imprime Esperança. Enxergo-me, rapidamente, com voltados apetites, sou engenho à epafinia do poder da minha terra, onde a realidade é manipulação cósmica, unicamente, do país.

Os pés, para além de descontar algures, movem-se à busca de uma luz, que é apagada ao ressonar da Vossa Excelência, sou, por causa das diligências das inverdades suas, um semi-filósofo que escreve uma túnica de predicados de outros sujeitos ocultos.

Durante os meus pouquíssimos tempos de vida, nunca vi[vi] a ausência de rosto tristes à minha gente, desempenhamos um papel de vida face às amarras de lógica alheia.

O Governo, de consequência a consequência, conduzme aos temperos circunstanciais do seu castigo, doma-me sempre. Um eterno irreconhecível como produto da sociedade, salvo-me da palidez dos homens.

A matemática essencialmente nunca soube empurrar-me à máxima do mais, tenho menos prosperidades, mais problemas para resolver, os sinais me fogem na equação.

Ao ler, por exemplo, as cartas que os dias me enviam pelos correios dos meus sentidos, a cáustica dor toma conta de mim, o silêncio é o sabor da atrocidade da angústia.

Confesso, o apogeu que chegou o país tem, definitivamente, contributo imaturo dos institutos, as associações e organizações com prerrogativas do Executivo.

De resto, tenho comigo lágrima, pois a Assembleia Nacional da minha República tem trabalhado na decisão dos papéis legislativos da minha [re]destruição abrupta. Entretanto, a Caop A tem destruído, grosso modo, a Epifania, carrega ruína perpétua, não se precisa de reforço hermenêutico para se lapidar a percepção da decadência daquele grupo engravatado, com ética nefasta, que faz nosso acordar naufrágio. “Angola, a título de exemplo, é um labirinto dos súbditos, é imperceptível a derrota do Povo.”

Ou seja, vive-se agrupadamente uma utopia de promessa arquitetada de diversidade de deuses na terra, Angola é um compromisso falhado enquanto parte da gestão de uma “Tropa da Caop A” que, subjectivamente, tira sono de se sonhar, prosperar e percorrer um caminho longe de guerra da fome, miséria, insuficiência de oportunidades, cuja política tem ganhado extremos inauditos. Permitam-me, dentro dessa carta à Epifania, enxugar toda angústia que me embalsama o corpo todo.

O tempo é triturador dos hábitos sem intrínseco compromisso, um seleccionador de entrave à oligarquia da “Tropa da Caop A. Vejo, nessas confusões, um amanhecer tardio em gesto de derrota; um plano, tipicamente, amigo do futuro, ecoando cócegas do ardente querer em mim.

Na verdade, um olhar tumular não sabe, paradoxalmente, quem o prejudica, uma interna distorção das coisas formais. Prazer, sou mais um entre a multidão dos sem [em]pregos para se cobrir do dilúvio cáustico dos dias.

A carta que escrevo tem uma dimensão de choro único, mas há no seu âmago um colectivo. Ninguém é suficiente para todos quando o poder cerca, no final, que encontre(mos) uma substância para reinvenção da própria vida.

 

Por: Vânio Mwandumba 

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