A empatia – um termo caro na política – é a capacidade de se colocar numa perspectiva subjetiva de outra pessoa para compreender os seus sentimentos e emoções. Isto é, a comunicação afectiva com o próximo. Estudos apontam que, a nível do mundo, a empatia tornou-se uma atitude pouco notável nas relações interpessoais. Em parte, a pandemia e a virtualização das relações humanas contribuíram para esse declínio.
No entanto, em sociedades como as nossas – onde os fins individualistas ganham mais consciência, a empatia tornou-se ainda mais carente. O mesmo não se pode dizer de Mara Quiosa, actual vice-presidente do MPL Ainda no consulado da Comissão Administrativa de Luanda (actual administração da Ingombota), Mara Quiosa já dividia parte do seu tempo – dedicando atenção aos munícipes luandenses.
A noção de empatia não é nova. A expressão ganhou proeminência, pela primeira vez, no século XVIII, quando o economista e filósofo Adam Smith escreveu: a sensibilidade moral origina-se de nossa capacidade mental para “trocar de lugar com o sofredor na imaginação”.
A falta de empatia entre os membros de uma determinada sociedade obstrui os canais de diálogo, anulando assim as pontes ligam os consensos sociais e políticos. Barack Obama, na véspera das eleições presidenciais de 2008, fez da empatia um dos principais temas de campanha.
E uma das observações feita, na altura, era o déficit da empatia, sugerindo que as pessoas deveriam falar da capacidade de se colocar no lugar do outro. Portanto, ver o mundo através dos olhos daqueles que são diferentes de nós.
No Canadá, o programa “O Roots of Empathy” (raizes da empatia) promovido nas escolas, reduziu largamente os níveis de violência e agressão entre os jovens. Este programa também foi crucial para moderar os grupos étnicos no Rwanda (tutsis e hutus). A ideia é mostrar como as crianças e adultos devem tratar-se humanamente e como podem estar mais próximos.
Portanto, isso reduz a cultura individualista e a obsessão pelo ego. A vice-presidente do MPLA, Mara Quiosa, é uma boa ouvinte e, acima de tudo, boa observadora. Refere Augusto Cury que a pess empática deve ser, antes de tudo, uma boa ouvinte. Mas também uma boa observadora para, através da comunicação não verbal, captar o real sentimento da outra pessoa.
No Bengo, Cabinda e Cuanzasul, províncias onde a actual Vice-Presidente do MPLA foi governadora, o que consta no imaginário da população quando se f de Mara Quiosa – é a simplicidade e capacidade de ouvir e interagir com os populares.
Como é práxis, nessas províncias, Mara Quiosa foi igualmente a primeira secretária do partido. O contacto afectivo que mantinha (mantém) com a população, indiretamente, era também uma forma de se conectar ao eleitorado.
O professor Mbangula Katúmua no seu mais recente ensaio de Sociologia Política cujo título é “A Juventude do MPLA e os desafi políticas eleitorais da nova Angola” sugere que “a governação (…) de proximidade é o principal caminho que os jovens políticos governantes do partido devem seguir para catalisar a mudança e restaurar a confiança abalada nas instituições (…)”.
Com razão, a camarada Mara Quiosa desdobra-se politicamente neste sentido [muita aproximação com o eleitorado jovem] Existe uma percepção generalizada que os dirigentes jovens do MPLA são cínicos e valem-se pel posição social e política, desligando-se das pessoas comuns, sobretudo do eleitorado.
O Professor Katúmua aponta que “há outro desafio relacionado com a percepção pública da falta de humildade entre os jovens quadros do partido”. A falta de aproximação dos dirigentes do MPLA e a sua base de apoi e o universo do eleitorado dá lugar a “crise de representação e baixa a legitimidade política”.
A Vice-Presidente Mara Quiosa, para a opinião pública, é a dirigente do M que mobiliza-se de outra forma – mantendo maior sintonia com a população. A VP Mara Quiosa tornou-se a mulher com mais empatia política no seio do MPLA.
É, dúvidas, uma mulher que se comunica emocionalmente bem com o público. Claramente que essa ligação sensorial com o povo é necessária e, pelos desafios eleitorais que se avizinham, afigura-se impreterível. Ser empática é superar o preconceito e a soberba.
É ter um compromisso moral com a humanidade. Como consequência, a empatia anula (ou diminui) os conflitos e melhora a nossa comunicação com os eleitores – contribuindo, deste modo, para construção de uma sociedade mais complacente.
A situação econômica e social do país não é das melhores. E neste momento, os dirigentes do MPL precisam apostar na (Soft Communition) “comunicação suave”, isto é, aquela que prioriza a interação afectiva. Agindo desta forma, haverá maior cooperação social dos cidadãos nas decisões públicas. É nisto que a vice-presidente Mara Quiosa destaca-se.
Stephen Covey assevera que a comunicação empática é umas chaves para o aperfeiçoamento das relações interpessoais. Alude o dramaturgo irlandês George Bernard Shaw que em sociedades de múltiplos interesses e gostos, a máxima “faça ao outro aquilo que gostarias que lhe fizessem” está desatualizada.
O que denota empatia em sociedades deste tipo “é fazer aquilo que o outro gostaria que fizessem por ele”. Entretanto, a VP do MPLA é uma figu que lida com as pessoas à medida da sua diferença.
Zigmunt Bauman na sua obra “Tempos Líquidos” aprofunda os diálogos sobre a modernidade líquida nas questões sócio-políticas. (…). Bauman argumenta que todo comportamento que confronta nossos valores particulares torna-se digno do mais profundo desprezo, pois no fundo queremos ver estampado no outro um pouco daquilo que nós mesmos somos (ou queremosser).
O que existe mesmo é a incapacidade de relacionarmos integralmente com o outro considerando toda sua diferença e singularidade. A camarada Mara Quiosa é, na prática, uma boa niveladora da diferença.
Ou seja, tem grande capacidade de gestão das diferenças. No acto político de apresentação da •Agenda Política do MPLA – 2025•, em Malanje, a vice-presidente Mara Quiosa foi implacável na sua maneira de interagir com a população.
Contudo, e por arrasto, os cidadãos e militantes do MPL afluíram torrencialmente ao acto. A Camarada Mara Quiosa representa o modelo de comunicação interpessoal adequado aos desafios políticos actuais do MPLA.
Por: BENJAMIM DUNDA