Situada no oriente da capital (Luanda), circundada a norte pela província do Bengo, a sul, pelo Cuanza-sul e a leste pelo Cuanza-norte, a nova província do Icolo e Bengo tem as portas abertas para os investidores nacionais e estrangeiros.
Portanto, para o Icolo e Bengo são bemvindos, também, àqueles cidadãos cuja vocação para servir e contribuir venha agregar valor ao bem-comum. Ao abrigo da Lei n.° 14/24 – Lei da Divisão Política e Administrativa – que cria os novos entes da administração local do Estado, as novas províncias e demais municípios e comunas, a província do Icolo e Bengo – ora fundada neste quadro, representa não só a pontade-lança para atração da população jovem – da ainda congestionada Luanda – ávida por novas oportunidades de vida, mas também, um território com afluentes que tornam vivos os campos agrícolas. Desde o gigante rio Kwanza ao valente rio Longa, há outros, como o rio Inha, tão convidativos até para o turismo.
O parque nacional da Quiçama dispensa apresentações. Icolo e Bengo tem muito, senão mesmo tudo. Voltando para a Divisão Política Administrativa, vale dar nota, talvez para as gerações mais novas, que não é a primeira vez que o país decide redefinir o seu território político-administrativo.
Em 1978, três anos após a independência, o Presidente Agostinho Neto decidira dividir a antiga província da Lunda no dia 4 de Julho de 1978 através do Decreto-Lei n.° 84/78, que resultou na divisão de duas províncias (Lundas norte e sul).
O que na altura ficou-se por se definir com maior objetividade era a cidade capital da LundaNorte – embora elegeu-se, provisoriamente, Lucapa como sede. Mais tarde, em 1997, a comissão instaladora da província definiu, definitivamente, Dundo como o centro político e administrativo da província – a capital de facto. Contudo, a província do Icolo e Bengo não nos oferece somente potencialidades econômicas.
Há um rico mosaico histórico, cultural e político de que é parte e proprietária. Na sua colectânea, ressalta a vida pioneira do grande escritor e poeta cujos efeitos dispensam comentários.
O Presidente Agostinho Neto, o poeta maior, foi, afinal, natural destas terras – o homem que, às 00h do dia 11 de Novembro de 1975, com as suas cordas vocais, fundou o Estado angolano. Há muito a dizer sobre esta jovem província. O seu actual governador é, modestamente, um servidor comprometido com o desenvolvimento da nação.
No município de Cacuaco, por onde passou, o governador Auxílio Jacob deu provas mais do que o suficiente que é um gestor público devoto aos resultados.
Há, por fim, a necessidade da conjugação de esforços de todos angolanos (residentes e não residentes) na província, para o crescimento e desenvolvimento das terras de “Manguxi”.
A propósito, Icolo e Bengo tornar-se-á o cartão postal do país. Na verdade, será por cá, por onde, doravante, os cidadãos do vasto mundo (globo) hão-de aterrar.
* Politólogo
Por: BENJAMIM DUNDA