Ultimamente, não tenho tido bom sono, aliás, quase não durmo. Minha esposa sempre que se leva da cama pela manhã diz que costumo a voar, se calhar a avemaria dá graças aos momentos que me abre o evangelho, não por estar distante da trindade, mas por sentir o prego bem debaixo do meu livro sempre que a pátria abre os seus capítulos.
A pátria abre tudo, se calhar tornou-se cultura: pacotinhos pela manhã, aos finais de semana, cerveja, frangrité, cabrité ou, talvez mesmo cãoté quando passa despercebido nas nossas vistas. Na verdade, a única paz que faz sentido é a do prato.
O lugar que aqui mergulhamos está perdido, como também, está perdido quando se abre o livro da vida e encontramos vários vazios. Esses vazios nos enchem todos os dias, principalmente enquanto criança que os princípios agregam um verdadeiro valor, mas acabam ficando num poço que chamamos de BARRIGA!
É fácil perceber isso quando começamos a entender que só vivemos para encher a barriga, e que a instrumentalização vem de todos os tempos movendo montanhas, movendo todos os sonhos de uma geração que vem prosperando com a vida agora. Vida com a cara no papel, na divisão de terras entre céus de pequenas precipitações que aqui ficamos mergulhados de nado.
Costumam dizer que o tempo é o verdadeiro remédio, podem estar certo, pois em situações dessas em perder a memória e não saber que tempo estamos presumo que afixação empregue figura bem em nossas barrigas.
Se calhar o leitor deve estar a questionar-se onde quero chegar, e com que fim trouxe a ave de Maria aqui para nos poder alcançar. Faço-o porque ninguém chega à pátria com a barriga vazia; é histórico.
Pelo contrário, a cheia nunca houve, anão for num rio de naufrágio, onde os pequenos detalhes na circunscrição diz muito sobre o verdadeiro paradigma das demais vidas. Um rio às vezes faz-nos bem, se não, podemos ficar várias vezes com o mesmo rio no rosto e afundarmos várias vezes. Prendo-me no rosto em questão, ao ver-me no espelho com o crucifixo na mesma direcção.
Dirijo-me as vestes celestes com amargura de ver o verde da natureza no prato como a pátria que dá fruto entre os lábios sentindo a sensação da pura acidez!… Puro como a água branqueada nos meus pensamentos não há, não há graças constantes quando o verdadeiro prazer fica patente entre os órgãos sempre que acreditamos que o dia de prosperar termina em oração.
O prato cheio é um sonho, e um milagre na medida que se coloca à disposição dos mais necessitados. O dia aqui é céu, é seu meu p’ovo que vê a graça dos sonhos entre o partir do próprio sono.
Voo como um sem ninguém em todo lado, até um rio na minha BARRIGA encontrar o sentido oposto, posto como quem fica entre a pátria no pélvico alcançando vários lugares.
Fico com as minhas esperanças, fico com todos os destinos que é o lugar mais sensível e abrigado, pois nada que se tem entre este lugar o vazio de remar contra nós mesmos.
Fecharam-nos a porta, nesta hora, a barriga ronca, a oração volta, o lamento das crianças tornou-se hino quando um trecho << NUNCA MAIS TE ESQUECEREMOS >> fez meia volta. Uma meia é o nosso lugar, centenas de gotas de lágrimas faz um todo, um sentido provido de insatisfação, além do que isso, uma marca evidente que se notabilizou um FACTO HISTÓRICO!…
Por: N’Dom Calumbombo