A comunicação é essencial para a sobrevivência de qualquer organização/ instituição. De forma a serem reconhecidas e para que possam adquirir notoriedade, as organizações/instituições necessitam de construir e comunicar de forma a criar uma identidade e uma imagem coerente e credível.
O mundo do futebol anda cheio de promessas que na sua maioria não são cumpridas. Para o nosso futebol, o epicentro de promessas idosas faz morada na Federação Angolana de Futebol.
Infelizmente é assim há bastante tempo, quanto aos requisitos para as equipas que almejam a subida de divisão, através da disputa da chamada segundona.
Foi notícia recentemente a disputa da final da segundona e da premiação das três novas equipas primo-divisionárias do nosso futebol, nomeadamente o Isaac de Benguela, o Carmona SC do Uíge e o Luanda City.
Certamente estamos todos recordados da exigência da FAF aos clubes do Girabola para apresentarem os comprovativos finaceiros de suporte da competição no início de cada temporada.
Para o espanto de todos, esta exigência não é observada por alguns clubes que infelizmente continuam a competir aos trambolhões no Girabola, como são os casos do Sporting de Cabinda e do União de Malanje.
Não tenho nada contra os novos inquilinos do próximo Girabola, mas convém recordar que no passado os mesmos clubes que conseguiram suporte financeiro para competir na prova de apuramento ficaram posteriormente sem recursos para honrar os seus compromissos.
Os próprios responsáveis da FAF assumiram publicamente que em função das constantes dificuldades financeiras que têm sido apresentadas por alguns clubes no decurso das duas principais competições, Girabola e torneio de apuramento que têm manchado o futebol nacional, aquele órgão faria sentir a sua mãos pesada aos infractores.
Por isso, meus senhores, é hora de despertar e proporcionar aos agentes do futebol uma comunicação mais eficaz para que todos entendam aquilo que é dito, sem que haja qualquer tipo de má interpretação.
Por: LUÍS CAETANO