É bom estar vivo, começar um novo ano com o pé direito, com bastante motivação e sabedoria para construir prosperidade e felicidade, fortemente empenhado em ultrapassar obstáculos e enxergar novos horizontes.
Eu, graças a Deus, entrei bem, ao lado dos meus mais próximos, apesar de distante da maior parte da família, não faltaram abraços, sorrisos, lágrimas, velhas promessas, novas esperanças.
Embora, por crença religiosa, em minha casa não se celebra a quadra festiva, não se trocam presentes, não se pratica o amigo oculto, muito menos se aprecia a ceia natalícia, o ambiente esteve porreiro, muitos candandos à mistura, expectativas renovadas, abertura de portas para grandes desafios.
De ano em ano, sempre uma agradável surpresa, desta feita, a Djodja, a minha cassula, proveniente da tuga, chegou antes do natal, logo depois, foi a vez da Seidy, a minha primogénita, em companhia do Sany, o meu genro, da Mika e da Jennifer, minhas netinhas, para alegria do Tiago, o irmão mais velho, o meu adjunto na zuca e da Xandinha, a minha patroa bem fixe. Também a prima Joana, dama Toy piloto, deu um ar da sua graça, a tradição familiar vingou, no primeiro dia do ano passou por casa, com os monas, a Karine, o Kelvin e o sobrinho Yannik, juntos passamos momentos felizes.
Da banda, o mujimbo falou alto, sem fofoca, os netos, irmãos, compadres e demais familiares também entraram bem, todos numa boa, grandes sentadas, pitéu a maneiras, ambiente cuioso, muita tiba, perdeu quem não alinhou, valeu a transição.
Como as águas dos rios que deságuam no infinito dos mares, devemos torcer para que este novo ano seja tranquilo, que a paz reine pelo mundo, que o ódio e maldade deixem de fazer morada entre nós.
Se a vida é para frente, há um tempo novo que inicia, sobra espaço, lembranças mil, daqueles que a natureza chamou, por alguma razão já não estão entre nós, glória ao amigo João Vigário, que infelizmente partiu depois do natal, honra ao Kota Ingo, um padre de Malanje que em vida amou o próximo.
O caminho é longo, a resiliência deve ser uma constante entre nós, nada de desistir, aprender com os erros, elevar a bandeira do amor, da maturidade, da integridade, retemperar energias para prosseguir sem sobressaltos o belo ciclo da vida.
Deus no Comando!
Por: João Rosa Santos