Angola está a atravessar um dos momentos mais decisivos da sua história recente. Estamos a comemorar 50 anos de independência e 23 anos de paz efectiva. Mas, mais do que marcos no calendário, estes são pontos de viragem para um novo ciclo de progresso, unidade e realização nacional.
A juventude cresce. A Nação amadurece. E o que nos une hoje é a necessidade de renovarmos um pacto: o pacto da esperança. Foram muitas as conquistas desde a proclamação da independência.
Ergueram-se escolas, hospitais, estradas. Garantiu-se estabilidade. Firmou-se a paz. Hoje, o País avança com um plano nacional ambicioso, com foco na juventude, no desporto, na modernização económica e na valorização do capital humano. Mas há um sentimento colectivo de que é tempo de dar mais um passo.
De ir mais longe. De fazer com que cada angolano sinta, no seu dia-adia, o impacto de um Estado que cuida, forma, protege e acredita. Como dizia a sabedoria do soba: “não se constrói uma cubata com pedras soltas.” É com união, visão e persistência que se edifica um País para todos.
Mais de 60% da população angolana tem menos de 25 anos. São jovens resilientes, criativos, empreendedores, conectados com o mundo.
A aposta estratégica do Executivo na formação técnica e profissional, na inovação, no desporto e no empreendedorismo jovem é clara: o desenvolvimento de Angola será liderado pela juventude angolana.
A escritora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie lembra-nos que “a história única cria estereótipos” — e Angola já não pode aceitar que os seus jovens sejam vistos apenas como problema. Eles são solução. São energia. São património. São futuro.
O novo pacto de esperança que Angola precisa — e merece — não é apenas político. É um compromisso intergeracional, institucional e humano. É o reforço da confiança entre o Estado e os cidadãos.
É um pacto com a verdade, com a responsabilidade, com a justiça social e com o mérito. O queniano Ngũgĩ wa Thiong’o, outro gigante africano, escreveu que “a língua de um povo é o seu sangue espiritual.”
Por isso, este pacto precisa também de ser dito, sentido e vivido em todas as línguas de Angola — com políticas públicas que falem a linguagem do povo e escutem as vozes da periferia, do campo, das zungueiras e dos quilombos.
Temos tudo para vencer: recursos, estabilidade, talento, cultura e uma liderança empenhada em garantir que nenhum angolano fique para trás. O momento é agora.
Como se diz no campo angolano: “quando a lavra está pronta, é tempo de lançar a semente.” Agora, é tempo de reafirmar o orgulho nacional.
De inspirar cada jovem, cada mulher, cada trabalhador, cada empresário, cada atleta. De fazer do ano 2025 um marco de viragem histórica — onde celebramos o passado com gratidão e abraçamos o futuro com confiança. Angola merece um novo pacto de esperança. E esse pacto está a nascer. Com obras concretas. Com programas transformadores.
Com uma juventude determinada. Com um governo presente. A história continua a ser escrita. E está nas nossas mãos garantir que os próximos 50 anos sejam os melhores da nossa história colectiva.
Ao som da bela música de Totó, encerro este artigo de hoje: Ela é tua, é nossa. Somos Angola. Novos tempos, novos caminhos rumo ao desenvolvimento. A marca “Angola” da união. Ordem, disciplina, patriotismo. Vamos, todos, dar o nosso melhor. Angola, nosso País.
Por: EDGAR LEANDRO