Às redações de alguns órgãos da comunicação social chegou, há algum tempo, informação grave sobre um ministro. Diz-se que não sobreviverá aos escândalos da corrupção em que se viram envolvidas algumas figuras da sua jurisdição ministerial. E, diz-se, o que é mais grave, o próprio ministro poderá estar de alguma forma envolvido.
Por: José Kaliengue
Isto aqui é esperar para ver. Nestes dias de redes sociais nunca se sabe com que intenção a informação é passada. Seja como for, neste fim-de-semana um jornal resolveu avançar, online, que o ministro das Finanças está a ser investigado em seis processos. A notícia não tem o contraditório e não tem rosto oficial.
Ontem eu disse neste espaço que os jornalistas sabem muito mais do que aquilo que foi publicado até agora. Não me estou a referir, agora, sobre este caso em concreto, mas há, de facto, muita coisa a mexer-se no subterrâneo das investigações e denúncias.
O ponto, no entanto, é o seguinte: terá o ministro das Finanças condições de continuar no Governo depois de um administrador e directores da AGT e do director nacional do Tesouro terem sido detidos por suspeita de crimes de corrupção? Onde andou o ministro e que mecanismos de controlo criou ou usou para impedir tais crimes?
Ou será que foi ele quem mandou investigar? Vai o ministro pronunciar- se sobre tais notícias? E o SIC e a PGR?… Tudo isto é politicamente desconfortável para o ministro, para o Governo e… também para os angolanos.